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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Pente-fino da FSA tem prazo estendido até o dia 5 de junho

Pela quarta vez, comissão avaliadora prorroga entrega de relatório que investiga funcionários não concursados; reitor é o principal alvo

Bia Moço
26/05/2018 | 07:00
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Denis Maciel


Pela quarta vez o pente-fino que investiga o número de funcionários da FSA (Fundação Santo André) que ingressaram sem concurso teve prazo prorrogado. A comissão avaliadora promete a entrega do relatório – cujo trabalho investigativo foi iniciado em janeiro – para o dia 5 de junho. O novo reitor da instituição de Ensino Superior, o professor Francisco José Santos Milreu, que assumiu o cargo no dia 2 de abril, é o principal alvo da avaliação, já que assumiu ao Diário ter ingressado no centro universitário sem passar por seleção pública, em 1989.

O tempo máximo estipulado para entrega do pente-fino, determinado pela antiga reitora Leila Modanez era de até 90 dias, no entanto, a investigação totalizará 133 dias. A primeira data de entrega estava prevista para o dia 23 de janeiro. Até o momento nenhum relatório oficial foi entregue, apenas prévia de documentos analisados e com conteúdos não divulgados.

Procurada para explicar o motivo de mais prazo, a equipe responsável pelo pente-fino justifica que a sobrecarga de trabalho atrasou o processo, tendo em vista que a apuração é realizada em conjunto com as demais atividades diárias.

A comissão já teria encontrado problemas em pelo menos 100 contratos de funcionários, sendo um deles o do professor Milreu, conforme informações divulgadas à equipe do Diário.

SILÊNCIO

Embora a antiga reitora tenha anunciado anteriormente que o processo seria de caráter público e teria suas prévias divulgadas, a atual administração da FSA se cala sobre o tema. Integrantes do Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do Grande ABC) relatam que, além de a reitoria não dar satisfação a respeito do assunto, também não presta contas à comunidade acadêmica.

“A reitoria anterior criou comissão, estabeleceu prazos, mobilizou funcionários e professores tirando os mesmos das suas atividades para, no fim, após a posse, o novo reitor fingir que tal processo não existe”, relata o diretor do sindicato e professor de Relações Internacionais da FSA Marcelo Buzetto.

O sindicado reforça a ideia de que, sendo principal alvo da investigação, Milreu não se importe com a prorrogação do prazo. Integrantes do órgão avaliam, inclusive, que o silêncio se trate de manobra do novo reitor para se manter no cargo até 31 de março de 2022. Isso porque, devido às denúncias, o prefeito da cidade, Paulo Serra (PSDB), já garantiu que, caso fique comprovada a ilegalidade da atuação de Milreu, sua nomeação será cancelada.




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