Regran já estima prejuízo de 20% no faturamento do mês, contando que a greve termine amanhã (25)
Atualizada às 19h
De acordo com o presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo do ABCDMRR), Wagner de Souza, já não e mais possível encontrar álcool e gasolinas nos postos do Grande ABC na noite desta quinta-feira, devido a greve dos caminhoneiros.
“Cerca de 90% (dos postos) não têm mais álcool e nem gasolina. Os 10% restantes estão apenas com diesel. Se até amanhã (25) houver uma definição e a greve acabar, estimamos que o prejuízo será de 20% no no faturamento do mês", destacou Souza.
Apesar das longas filas em postos e supermercados durante todo o dia, não houve casos de vandalismo e violência nos estabelecimentos.
Os sinais críticos da falta dos combustíveis já se mostraram logo no início da manhã, quando as redes supermercadistas do Grande ABC começavam também a ter seus estoques esgotados, próximo do horário do almoço. Geralmente a reserva médio do mercado é para dois ou três dias. Devido à greve, o estoque acabou em um dia e meio.
O Grande ABC tem 400 postos distribuídos nas sete cidades. A previsão é que num cenário otimista de que a greve dos caminhoneiros acabe ainda hoje, a normalização do abastecimento nos postos deve se concretizar apenas em uma semana.
GOVERNO
Em reunião com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, dos Transportes, Valter Casimiro, de Minas e Energia, Moreira Franco, o presidente Michel Temer (MDB) negocia propor medidas e alternativas para reduzir o preço do óleo diesel.
A Petrobras propõe redução de 10%, por 15 dias, no preço do diesel, o que seria um prazo para o governo e caminhoneiros concluírem as negociações. Mas a proposta não está sendo aceita pela categoria, que deseja a redução do PIS/Cofins no valor de R$ 0,46 sobre o diesel, de modo permanente.
Após a negativa sobre a redução dos 15 dias, o governo sugeriu que a redução permaneça até dezembro. “Acredito que se essa proposta for aceita, haverá tempo suficiente para que caminhoneiros e governo negociem melhor, mas, por enquanto, os caminhoneiros estão irredutíveis”, frisou Wagner Souza.
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