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Craisa já contabiliza 40% de entregas atrasadas e produtos 250% mais caros
Kelly Zucatelli
24/05/2018 | 09:58
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Claudinei Plaza


Atualizado às 16h05

Devido à greve dos caminhoneiros, a Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) já contabiliza 40% de entregas atrasadas, o que já refletiu no preço dos produtos. Estoques baixos já fazem com que cebola e batata, por exemplo, sejam encontrados com valores em média 250% mais caros.

O setor mais afetado, no entanto, é o de frutas, especialmente mercadorias vindas de outros estados. Frutas como manga, melancia, laranja, mamão, entre outras, estão com estoque reduzido em 30%, o que está refletindo em uma alta de 20% nos preços.

A companhia reforçou ainda que está com uma estrutura de apoio aos caminhoneiros que chegam ao local, como, por exemplo, para tomar banho e alimentação. Muitos caminhoneiros estão optando por permanecer dentro das dependências da Craisa por questões de segurança. Na madrugada de ontem, um caminhão que vinha de Votorantim, cerca de 100 km da Capital, chegou no local com o parabrisa quebrado do lado do carona, pois foi apedrejado na estrada.

Na tarde de ontem, o diretor-presidente da Aeceasa (Associação das Empresas da Ceasa do Grande ABC), João Lima, já afirmativa a alta dos preços de frutas e outros devido a lei da oferta e da procura. “Alguns caminhões que chegariam hoje cedo (ontem), não conseguiram vir e estão presos nas estradas. Não recebemos, por exemplo, carregamentos de abacaxi, manga, mamão e tomate. O caminhão de melancia que veio de Goiás demorou quatro dias para chegar. Algumas frutas vão estragando ao ficarem paradas nas estradas e a mercadoria vai sendo perdida. Temos dois tipos de problemas: se locomover até a roça e sair de lá para chegar até nós. Temos caminhões que nem no produtor conseguiram chegar ainda”, explicou o diretor.

A Prefeitura de Santo André garantiu que o abastecimento da merenda escolar, no entanto, não deverá ser afetada pela paralisação por enquanto, pois os estoques são suficientes. A entrega de medicamentos também não foi prejudicada até o momento, mas se a greve continuar por um longo tempo, todos os setores deverão ser atingidos, incluindo o transporte público municipal. Ainda não houve reflexos no transporte, que na manhã desta quinta-feira opera com 100% da frota, mas a administração admite que há risco iminente de desabastecimento dos ônibus, caso a paralisação continue.
 

Aeceasa

As empresas que abastecem o Craisa já sentiram na madrugada desta quinta-feira os reflexos ruins da greve dos caminhoneiros, pois o abastecimento de produtos de hortifrutti foi feito parcialmente. “Para esta noite o maior agravante que estamos prevendo é a falta do óleo diesel, mesmo operando em sistema precário, das 22h ao meio dia. Não sabemos se os caminhões conseguirão chegar”, disse o diretor-presidente da Aeceasa João Lima.

Na Craisa, 80 empresas descarregam verduras, legumes e frutas dentre outros produtos. A estimativa de Lima é que se a greve não acabar até o fim de semana, muitos itens faltarão. “Ainda não temos efeito de perda de produtos, mas não afastamos a possibilidade, pois há caminhões que viriam para a região e estão parados na Bahia, com mamão e manga, em Guaxupé, com tomate, Goiás, com melancia, e em Sorocaba, Piedade e Ibiúna, no Interior de São Paulo, com verduras e legumes”, detalhou o diretor da associação.
 




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