- Antes se chamava boato, mas o nome pouco importa. Tínhamos acabado de voltar de uma viagem a Portugal e à Califórnia, onde visitamos Los Angeles, cidade pela qual nos apaixonamos. Pensamos, ainda nos Estados Unidos, em morar lá por um tempo. Quando chegamos ao Brasil, veio essa bomba: soubemos do que havia sido publicado. Foi muito difícil. Não conseguimos entender não só pela barbaridade, mas também pela disposição das pessoas em acreditar e odiar as vítimas da mentira.
Ela ainda contou qual foi a sua reação diante da matéria, que havia publicado a história:
- Eu, então com 15 anos, era muito nova e muito rebelde, então meti o pé na porta. Para a opinião pública, a mentira me pôs na posição de ninfeta doida, e meu pai virou um pedófilo e traidor da rainha do Brasil, a minha mãe. Eu não queria passar nenhum tipo de dor para o meu pai Orlando, pois ele já estava sofrendo demais. Se eu falasse alguma coisa, ele tomaria minhas dores e sofreria ainda mais. Resolvi à minha maneira. As pessoas que me xingavam na rua apanhavam. Dei porrada. Em outro campo, entramos com uma ação contra quem publicou. Ganhamos o processo e decidimos morar um tempo nos Estados Unidos.
Por fim, ela ainda concluiu, comentando sobre um possível trauma:
- Poderia traumatizar uma menina de 15 anos, mas não quando se tem uma família sólida. Quando você escolhe amar aquelas pessoas, nada derruba a união.
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