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Companhias em crise recorrem ao turnaround
Sinpi
28/03/2018 | 07:07
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Em razão da profunda e prolongada recessão econômica que atingiu o País nos últimos anos, muitas empresas em apuros têm buscado auxílio de especialistas para fazer o chamado turnaround (dar a volta, na tradução em português), termo utilizado internacionalmente em administração de empresas para denominar o conjunto de ações estratégicas e operacionais destinadas à recuperação de empresas que perderam a saúde financeira e que não mais conseguem se reerguer por conta própria. Em outras palavras, trata-se de um mecanismo de gestão que se propõe a tirar as empresas da situação de estagnação ou declínio, fazendo com que essa companhias passem a crescer e sejam rentáveis, restabelecendo sua performance e valor de mercado.

“A demanda por trabalhos de reestruturação tem sido muito intensa nesse período, com muitas corporações buscando alternativas para atenuar a crise, sobreviver ou, até mesmo, salvar seus negócios”, afirma o economista Luiz Alberto de Paiva, diretor-presidente da Corporate Consulting, empresa especializada em gestão estratégica de negócios em crise e em reestruturação.

Segundo o especialista, reestruturar uma empresa não se resume apenas em renegociar dívidas, vender ativos, reduzir as despesas e aumentar as receitas, mas é um processo mais amplo, que envolve aspectos físicos, humanos, financeiros, jurídicos, econômicos e administrativos. “Estamos falando em reverter uma situação de crise para recolocar a empresa nos trilhos. E isso não se faz sem medidas drásticas e radicais que, por sua vez, precisam ser muito bem planejadas”, diz ele, explicando que, muitas vezes, envolve até a alteração da missão, valores e nos produtos oferecidos.

“O processo de reestruturação começa com um diagnóstico da situação, no qual é feita uma varredura nas áreas financeira e operacional, analisando os ativos e os passivos, os meios de precificação dos produtos, os contratos com fornecedores, entre outros. Então, a recuperação sendo viável, é necessário verificar todas as opções, o negócio em si e as condições internas e externa. Para depois elaborar um plano de reestruturação mais adequado à realidade da companhia, cuja implementação vai exigir sacrifícios, muita disciplina e determinação, mas será possível obter resultados mais fortes, consistentes e sustentáveis”, esclarece Paiva.

Refis do Simples Nacional
Conforme já noticiado anteriormente nesta coluna, apesar da aprovação por unanimidade pelo Congresso Nacional, o presidente Michel Temer vetou integralmente o Refis do Simples Nacional em janeiro, alegando que a medida feria a Lei de Responsabilidade Fiscal, por não ter previsto a origem dos recursos que cobririam os descontos aplicados a multas e juros com o parcelamento das dívidas.

Esse veto provocou forte reação do Legislativo, que até chegou a se manifestar pela derrubada deste pela casa, mesmo com a discordância do governo. A seção de apreciação da matéria estava prevista para o último dia 20 de março, mas foi novamente adiada para o mês de abril, a pedido do presidente, para dar mais tempo para que a área econômica do governo pudesse encontrar uma solução e adequar o Orçamento da União ao Refis.

O projeto beneficiaria todas as empresas optantes pelo regime tributário especial, aumentando o número de parcelas de 60 para até 180 vezes – com redução de juros e multas – para a quitação das dívidas com o governo. 




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