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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Felicidade no trabalho
Por Fernando Mantovani
diretor geral da Robert Half
20/03/2018 | 07:14
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1 – Como saber se sou, de fato, feliz no meu trabalho?

O primeiro passo é fazer uma autoavaliação para verificar o que você entende por sucesso. Você busca reconhecimento, conforto financeiro, bons benefícios, alcançar cargos de alto escalão, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, qualidade de vida, sentir-se desafiado ou tem outras prioridades particulares? Minha recomendação é que você faça uma lista com os pontos positivos e negativos da sua atual experiência profissional para entender com mais clareza qual é o seu nível de satisfação. Entenda que felicidade no trabalho não é apenas um estado de espírito, que pode variar ao longo do dia e da semana, de acordo com influências externas. Muitas vezes, a satisfação está relacionada com o fato de ver sentido na atividade exercida e se sentir reconhecido pelas realizações.

2 – Em geral, o que faz com que as pessoas sejam felizes no trabalho?

É difícil generalizar, os indivíduos têm percepções muito particulares. Mas, de acordo com o estudo Os Segredos das Empresas e dos Colaboradores Mais Felizes, feito pela Robert Half em parceria com a Happiness Works, os seis fatores básicos que determinam a satisfação no trabalho são: sentir orgulho da empresa e dos seus valores; ser tratado com justiça e respeito; saber que seu trabalho é valorizado; ter realização profissional; ter liberdade para expressar opiniões e propor ideias; e ser bem gerenciado.

3 – Quais são os benefícios de ter funcionários felizes?

No mundo corporativo, felicidade está relacionada ao engajamento. Dessa forma, ela é fundamental para o sucesso da organização, independentemente do campo de atuação, da indústria ou do porte da companhia. No estudo da Robert Half concluímos que profissionais felizes tendem a ser mais leais, criativos e produtivos em comparação aos menos satisfeitos. Além disso, se tornam embaixadores da marca que representam, propagando boas notícias sobre a empresa a amigos, familiares e clientes. Outro ponto muito importante: ninguém procura por uma nova oportunidade de trabalho quando está satisfeito no local onde atua, o que significa economia de tempo e recursos financeiros com processos seletivos.

4 – Qual é a recomendação para manter a felicidade no trabalho?

A recomendação é que todos os integrantes da organização, independentemente do nível hierárquico, comecem a encarar a felicidade como uma prioridade organizacional, porque ela é valorizada inclusive por clientes e fornecedores. É preciso que, além de defender um bom ambiente corporativo, os profissionais incorporem a positividade, alinhando seus discursos às ações. Bons relacionamentos podem edificar ou destruir qualquer trabalho. Essa prática vale, inclusive e principalmente, em momentos mais tensos do mercado.

5 – O equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional torna o funcionário mais feliz?

Sim. Funcionários que têm um equilíbrio ruim entre o profissional e o pessoal tendem a ficar mais estressados e, a médio ou longo prazo, deixar o emprego. Para contribuir com um clima organizacional mais saudável, é importante que os gestores deem o exemplo: organizem as atividades para evitar trabalhar até tarde, tirem férias e se desliguem quando estiverem ausentes. Se o líder estabelece limites adequados e protege seu tempo de inatividade, é possível que os integrantes da equipe otimizem o tempo dentro da empresa para seguir o seu exemplo.
 




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