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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Em Sto.André, tom de audiência sobre IPTU é alvo na Câmara

Proposto pelo PT, evento estava esvaziado de entidades; Paulo Serra diz que ato foi ‘oportunista’

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/03/2018 | 07:00
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Sem presença de entidades de classe de Santo André, a audiência pública sobre a PGV (Planta Genérica de Valores), base de cálculo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), foi contestada ontem na Câmara, abrindo-se, em alguns momentos, ambiente hostil. Cerca de 110 pessoas compareceram à atividade, convocada pelo vereador Willians Bezerra (PT), tendo o ex-secretário de Finanças Antônio Carlos Granado (PT) como principal integrante da mesa. Houve reclamações de ausência de representantes da Prefeitura, de tom muito técnico ao debate e falta de propostas concretas para impedir altas abusivas.

Em diversos momentos, Granado se defendeu no microfone ao alegar que não explicaria o aumento de IPTU em Santo André. Admitiu, no entanto, que o governo Carlos Grana (PT) contratou empresa, em 2013, para fazer a revisão da PGV, que não se concretizou na ocasião. “Não vou responder pelo que aconteceu em fevereiro de 2017. São coisas de caráter muito distinto”. Os titulares de Habitação (Paulo Piagentini) e Planejamento (Alberto Alves de Souza) da gestão petista também estavam nas galerias.

Parte dos munícipes questionou a conotação política, a partir do uso da palavra na tribuna por diversas lideranças partidárias, entre elas dirigentes do PT e Psol – apenas os parlamentares Bete Siraque e Alemão Duarte, ambos do PT, acompanharam a discussão. Começou certo bate-boca no plenário diante da falta de debate sobre soluções para o problema, que tornou-se a atualização da planta, aprovada de forma célere em junho e depois revogada pelo governo do prefeito Paulo Serra (PSDB) no começo do ano.

Parcela do público chegou a ir embora por conta do cenário. Aqueles sem bandeira partidária falaram em usar as redes sociais para pressionar o Paço e os vereadores pela nova análise real da PGV. Willians buscou, a toda situação de conflito, criticar a Prefeitura por não ter enviado representantes para o ato. Citou reclamação recebida no gabinete de que parte dos novos carnês enviados aparece sem a descrição do valor venal do imóvel.

Questionado, Paulo Serra pontuou que viu oportunismo no encaminhamento desta audiência, tendo em vista que já está marcada atividade com o mesmo teor para o dia 9 de abril com a participação de entidades, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) e Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). “Vejo esse ato como tentativa de politizar, criar palanque partidário, colocando na mesa os responsáveis pela falência da cidade. Não tem sentido. É compromisso nosso enviar técnicos, fazer a discussão do futuro e do financiamento de Santo André.” 




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