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Sábado, 27 de Abril de 2024

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Editorial
Trabalho e renda
Do Diário do Grande ABC
16/03/2018 | 12:28
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A renda das famílias do Grande ABC despencou 17% em nove anos, caindo de R$ 4.369,36 em 2009, para R$ 3.637,91 em 2017. À primeira vista, nem parece muito, mas quando se leva em conta a inflação registrada neste mesmo período observa-se que o valor inicial atualizado chegaria a R$ 7.113,56, ou seja, perda de 62,8%.

São números que mostram o quanto a economia regional se retraiu. Como o bolso ficou mais vazio, o morador das sete cidades é obrigado a mudar hábitos de consumo. Se entra menos dinheiro, também os gastos precisam ser revistos para que possa sobrar ao menos para as necessidades básicas. Salário menor acarreta menos vendas, é uma equação lógica.

Neste campo, tudo está interligado, como demonstrou economista ouvido por este Diário. A crise afeta as empresas, que reduzem os custos e cortam funcionários. Isso gera desemprego. E quando o trabalhador volta ao mercado de trabalho, o que nem sempre ocorre de maneira rápida, quase que na totalidade das vezes aceita ganhar menos que antes. Simples assim!

Nos dados da pesquisa que embasa a manchete de hoje deste jornal também salta aos olhos o aumento dos microempreendedores individuais que surgiram nos mesmos nove anos. Crescimento de 16.845,9%. A leitura simplória dos dados revela que a população do Grande ABC foi buscar no trabalho por conta uma forma de contornar os problemas gerados pela crise. Ou seja, baixou a renda, foi à luta em busca de novos caminhos.

A grosso modo, realmente foi o que aconteceu, porém, em duas fases distintas. A primeira delas vigorou até 2014, quando a economia estava bem e deixar o emprego para lançar-se em voo solo era uma boa opção. Depois, com o agravamento das dificuldades, entrou em cena o empreendedor por necessidade, ou seja, aquele que não tinha outra opção e agarrou-se à única alternativa que possuía.

De positivo, a reação das pessoas diante da adversidade. O que se espera é que a recuperação do País nos últimos meses se reflita nas finanças de cada um. A região precisa.  




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