Um dia, Matheus Mesquita, nascido em Santo André, desanimou do sonho de ver seus trabalhos publicados no mercado nacional e decidiu mostrar os desenhos para empresas estrangeiras. Segundo ele, por mais negativa que tenha sido a avaliação, obteve retorno. Ele optou, então, por sonho mais ousado para seus 21 anos: pesquisou intercâmbio, juntou economias e saiu de São Bernardo para a Irlanda.

Há poucas semanas na capital Dublin, Matheus afirma ter chances “não só no ramo editorial, mas também na área acadêmica” e vislumbra perspectivas reais de abrir o próprio estúdio. Ele acredita que sua carreira começará a deslanchar quando oferecer retratos e caricaturas. Matheus conta que a comunidade artística de lá se ajuda mutuamente, inclusive na hora de divulgar os trabalhos. “Não tenho noção de quanto eles ganham, mas pelo que vejo são bem felizes fazendo o que gostam, e isso é muito importante”, revela.

O jovem, que começou a se interessar por arte aos 8 anos, utiliza lápis de cor e computação gráfica em retratos fieis e ricos em detalhes e texturas. Embora seja definido como acadêmico, Matheus se diz apaixonado por ilustração editorial e de humor, tendo já publicado cartuns em jornais irlandeses.

Inquieto como todo artista, ele ainda deseja experimentar o mercado norte-americano. “Sou apaixonado pela cultura dos Estados Unidos”, diz o desenhista, que se inspira nos trabalhos de Tim O’Brien, Roger Cruz, Drew Struzan, Sebastian Kruger e Alex Ross. “Esses caras não brincam em serviço”, conclui. Os trabalhos de Matheus podem ser vistos no http://matheusorion.wixsite.com/matheusmesquita.