O anúncio foi feito foi feito na chamada Casa Mario Covas, no Alto de Pinheiros, local que abrigou comitê eleitoral durante suas campanhas. Agora, Mario Covas Neto afirmou que conversa com outros partidos e está de olho nas eleições deste ano. O Broadcast Político apurou que o vereador tem conversas avançadas com o Podemos e pretende se lançar ao Senado ou à Câmara dos Deputados.
Nos últimos dias, uma candidatura a vice-governador na chapa de Márcio França (PSB) também começou a ser aventada. "Pretendo tomar a decisão de ir ou não para algum partido até final de março, começo de abril", anunciou. Ele tem até o dia 7 de abril para se filiar a alguma legenda se quiser ser candidato.
Em conversa com jornalistas, o vereador disse que nove partidos o procuraram para negociação. Covas Neto confirmou que pretende apoiar França para o governo do Estado e criticou a possibilidade de João Doria sair da Prefeitura para ser candidato à sucessão de Geraldo Alckmin. "Acho que ele desconstrói a imagem que fez na campanha de alguém que era um gestor e não político. Ao sair candidato, ele se torna carreirista e típico de um político", disse Covas.
Ele ainda disse que Geraldo Alckmin, como presidente nacional do PSDB, tem "parcela de culpa" na fuga do partido das suas origens. Mas ressaltou que defenderia o nome de Alckmin como candidato a presidente da República se estiver em um partido que apoie a candidatura do PSDB ao Planalto. O vereador revelou que conversou com Alckmin sobre sua decisão e que o governador pediu para ele "esperar um pouco mais", mas que na ocasião "já era tarde".
Causas
Como razões de sua desfiliação, o vereador apontou como a "gota d'água" a decisão do PSDB em tirá-lo da presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal e ter ouvido de tucanos que ele seria um "vereador crítico" da administração municipal. Covas alegou que nunca promoveu oposição a Doria no Legislativo, mas que desde o começo do mandato avisou que não diria "amém" para todas as decisões do prefeito.
Além disso, a falta de apoio declarado à saída do presidente Michel Temer do poder após denúncias contra o emedebista no ano passado, a ausência de consenso em relação à reforma da Previdência e a incapacidade do partido encontrar consenso em pautas nacionais foram citadas pelo vereador como motivações de sua decisão.
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