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Palavra do Leitor
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Palavra do leitor
Pela suspensão da violência
Do Diário do Grande ABC
24/02/2018 | 10:52
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O tema da campanha da fraternidade deste ano, promovida pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), está no caminho certo para uma reflexão e ações práticas de prevenção e combate a todas as formas de violência existentes no Brasil. O fato é que temos mais de 60 mil homicídios por ano, sendo que na maioria não são identificados os autores nem as circunstâncias dos assassinatos. E, quando identificados, a Justiça não é feita, pois apenas pequena parcela é punida e, pior, muito tempo após a ocorrência do crime, sem contar que as vítimas diretas são esquecidas pelo poder público e comunidade. Além dos homicídios, temos a violência de gênero, de geração e os crimes de intolerância contra a liberdade de orientação sexual, a pedofilia, a violência racial, a violência pela condição social, a violência no trânsito, a violência das filas no sistema de Saúde, a violência do monopólio da mídia, a violência do desemprego e da falta de renda própria de milhões de brasileiros e brasileiras. 

Mas não adianta só reclamar, teorizar, aumentar penas, modificar a legislação ou promover e assistir a programas sensacionalistas. Nada disso resolve. A meu ver, temos que cortar o mal pela raiz, atacar as causas da violência e não apenas combater suas consequências. Neste sentido: 

1 – A violência foi culturalmente construída. Não é inata ao ser humano. Logo, podemos mudar a cultura da violência, mudando a cultura machista, e, assim, desconstruí-la; 2 – Incentivar a mediação de conflitos e a justiça restaurativa; 3 – Focar nas vítimas da violência e lhes garantir assistência; 4 – A dignidade humana e a vida devem ser os bens e os valores maiores das comunidades. Por isso, a dignidade humana e a vida precisam de promoção e não os bens materiais (esses são meios, não fins); 5 – Campanha do desarmamento permanente e a proibição do comércio de armas de fogo para civis; 6 – Tratar os vícios, especialmente álcool e drogas, como problema de Saúde pública e não como problema criminal; 7 – Promover a igualdade de oportunidades, de condições, de possibilidades entre as pessoas e as políticas públicas afirmativas; 8 – Os presos precisam trabalhar e estudar nos presídios, pois eles têm todo o tempo do mundo; 9 – São necessárias políticas públicas para os egressos do sistema penal; 10 – Mesmo as pequenas infrações devem ser reparadas, desde a primeira vez. Isso é função, papel das famílias, das escolas, das igrejas, das comunidades. Mas sem exposição do infrator; 11 – É preciso prevenir e combater situações de bullying, situações vexatórias, situações de humilhações e de injustiças; 12 – Sempre lembrar a célebre frase do papa Paulo VI: ‘A justiça é o novo nome da paz’. Não há paz sem justiça e não há violência com justiça.

Vanderlei Siraque é presidente do PcdoB de Santo André. 

Palavra do leitor

Piraporinha

 A reportagem sobre a superlotação e o péssimo atendimento do Hospital Municipal (Piraporinha) publicada neste Diário (Setecidades, ontem) não chega a ser novidade. Aliás, o próprio texto diz que o jornal já havia noticiado anteriormente (2011, 2012 e 2017). Na verdade, trata-se de problema crônico da Saúde pública brasileira, na qual esse triste e lamentável cenário pode ser visto. Com todo o respeito que tenho pela autora da reportagem, acho que o texto deveria ter dados sobre a origem dos pacientes ali internados à espera de tratamento para seus problemas. Se não me falha a memória, 41% dos que procuram o Hospital Municipal são de outros municípios, como ladrões ou vítimas baleadas em confronto com a polícia e vítimas de acidentes de trânsito nas vias locais e rodovias (Anchieta e Imigrantes). O prédio, construído por iniciativa do falecido Lauro Michels, quando ainda não era prefeito, com o nome de Hospital Samcil, já tem mais de 50 anos. E de lá para cá quantas melhorias foram feitas? É complicado porque, para reformar, teria que ser por etapas, evacuando, por exemplo, pacientes de um andar para ser reformado. 

Arlindo Ligeirinho Ribeiro

Diadema

Muito caco 

 Se já não estivesse lá, dir-se-ia que é brincadeira. Mas não! Muro de vidro com mais de dois quilômetros de extensão, a custo de R$ 15 milhões, está sendo instalado na Marginal do Pinheiros, na altura da raia da USP. É óbvio que os vândalos de plantão estão adorando. Só para dizer o mínimo!

José Marques

 Capital

Serra e bitcoins

 Dá até para entender por que o Brasil caiu no ranking mundial de ‘percepção da corrupção’, mesmo com uma Lava Jato a pleno vapor. É porque, assim como no crime organizado, os políticos aprenderam como camuflar melhor seus meios de lavagem de dinheiro. Notas frias e laranjas viraram coisa do passado. Hoje devem receber a propina nas nuvens, ou bitcoins. Porque, mesmo com a moeda oscilando diariamente, perdendo milhares de dólares do dia para a noite, vale mais porque o Ministério Público não consegue rastrear. Em decorrência, nem a Lava Jato os encontra. O único problema deve ser a porcentagem da ‘corrupção’, que deve ser de acordo com a perda do valor da moeda. O político que quiser mais detalhes para comprar bitcoins basta perguntar ao senador José Serra. Ele parece ser expert nessa moeda.

Beatriz Campos

 Capital

Culpado, eu? 

 A que ponto chega o cinismo do ser humano. Ao se defender junto ao Supremo, o senador Aécio Neves diz que provas contra ele são ilícitas. Entende-se que tenham sido obtidas de forma não convencional. Cá entre nós, faltou ele dizer que são verdadeiras, mas obtidas de forma fraudulenta. Falar mais o quê?

Gildete do Nascimento

 Capital

Como 2 mais 2 são 4!

 É tão certo e natural que Michel Temer seja candidato à reeleição como é evidente que Lula é inelegível e que sua prisão é questão de dias. E não se fala mais no assunto.

Eleonora Samara

 Capital

Resposta 

 Em resposta à carta do leitor Edson Campelo (No Carla, dia 22), a Prefeitura de Santo André esclarece que a Guarda Civil Municipal realiza constantemente rondas nos bairros e atende a denúncias por meio do telefone 153. A administração possui diversos prédios próprios de várias secretarias. Só na área da Saúde são 32 unidades da atenção básica, sem contar outros equipamentos, e não há como manter guardas, com posto fixo, em todos eles, isso numericamente não seria possível. Dessa forma, além das rondas, como esse caso apontou necessidade maior de monitoramento e como medida para minimizar o impacto dos acontecimentos, a Secretaria de Segurança Cidadã decidiu manter dois GCMs no local até que sejam restabelecidos os produtos do furto. Foi feita também ação educativa no bairro, para que a comunidade ajude na preservação da unidade e acione a polícia quando notar qualquer ação suspeita. O crime foi registrado no 6º DP para que seja investigado e os verdadeiros responsáveis, que são os criminosos, sejam responsabilizados.

Prefeitura de Santo André




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