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Sábado, 27 de Abril de 2024

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R$ 351 mil a mais
Atrasada há 5 anos, creche em Diadema fica mais cara

Unidade Irmã Dulce 2 foi anunciada em 2012 e deveria custar R$ 2,17 mi, valor que saltou a R$ 2,52 mi

Júnior Carvalho
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
22/02/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Em quase cinco anos, o governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), elevou o custo final das obras da creche Irmã Dulce 2, no bairro Conceição, em R$ 351 mil. Ontem, o Paço publicou no Diário Oficial aditamento do valor do contrato com a Alencar Construções, responsável pelas intervenções, aumentando o preço total do projeto para R$ 2,52 milhões – acréscimo de 16%.

Anunciada ainda em 2012, no fim da gestão do ex-prefeito Mário Reali (PT, 2009-2012), a construção da creche Irmã Dulce 2 foi inicialmente orçada em R$ 2,17 milhões, com prazo de entrega para agosto de 2013. Na ocasião, o primeiro contrato foi assinado com a Ematec Engenharia e Sistemas de Manutenção. As intervenções começaram, mas o acordo foi rescindido e o canteiro, paralisado em 2015. Em 2016, a equipe de reportagem do Diário esteve no local e constatou apenas o esqueleto da obra, situado no interior de um terreno com lixo, entulho e água parada.

Só em junho do ano passado a gestão Lauro realizou nova licitação para que as obras fossem concluídas. Assinou, então, contrato de mais R$ 1,89 milhão com a Alencar Construções para término da creche, com estimativa de entrega em seis meses – o prazo venceu em dezembro. Naquela altura, porém, o Paço diademense já havia desembolsado R$ 278 mil à Ematec com as intervenções. Ontem, tornou público o reajuste do valor do acordo para R$ 2,24 milhões – aumento de 18,55%. O custeio do projeto conta com recursos do governo federal.

Apesar de a nova data de término já ter expirado, o aditamento publicado ontem pelo Paço não cita prorrogação do prazo. Ao Diário, o secretário de Serviços e Obras, José Marcelo, estimou que a unidade deverá ficar pronta “dentro de 60 dias”.

O titular da Pasta explicou que o reajuste do valor da obra se deu em decorrência de mudanças no projeto técnico das intervenções em atendimento às normas do Corpo de Bombeiros. “O aditivo foi feito por conta de alteração no projeto de incêndio, que exigiu a execução de mais uma escada. O Corpo de Bombeiros mudou as normas e, como na época que o projeto foi feito (2012) não existia essa exigência, teve de adequar (o projeto)”, justificou.

Questionado sobre os motivos de o Paço não ter modificado o projeto já no ato da assinatura do contrato, no ano passado, com a Alencar Construções, José Marcelo argumentou que o valor não poderia ser modificado porque o projeto conta com recursos da União. “Já existia essa mudança (no ano passado), mas como o recurso (para a construção da creche) é do governo federal, tínhamos de licitar no mesmo valor. Essa diferença de valores quem vai ter de pagar é a Prefeitura”, disse.

Dos R$ 2,24 milhões que a Alencar Construções terá de receber, o Paço de Diadema já desembolsou R$ 1 milhão, de acordo com dados do Portal da Transparência. Desde 2013, a construção da creche é incluída repetidamente todos os anos no Plano de Obras. 




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