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Estagnação dos números
Mortes no trânsito têm alta de 4,3% em janeiro

Conforme o Infosiga, 24 pessoas perderam a vida depois de acidentes, sendo dez delas pedestres

Daniel Macário
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
20/02/2018 | 07:00
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 O número de fatalidades causadas por acidentes de trânsito no Grande ABC sofreu variação de 4,3% em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram registradas 24 mortes em cinco cidades – Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires –, uma a mais do que em 2017. A maior parte das ocorrências teve pedestres como vítima (dez casos). Os dados integram o Infosiga-SP (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo).

As principais vítimas dos acidentes de trânsito continuam sendo os homens, que respondem por 70,8% dos casos. Já São Bernardo foi a cidade com maior número de mortes, dez registros no total (confira arte acima).

O cenário regional não acompanhou a tendência do Estado, onde houve redução de 5,4% nas ocorrências. Neste ano, foram registrados 387 óbitos em São Paulo, o menor número desde o início do levantamento, feito desde 2015.

O Movimento Paulista de Segurança no Trânsito tem como principal objetivo reduzir pela metade os óbitos no trânsito no Estado até 2020. No entanto, para especialistas, ainda faltam ações práticas por parte dos gestores públicos, além de conscientização de motoristas e pedestres.

“A estagnação dos números na região só nos sugere uma coisa. As ações praticadas pelos municípios no que diz respeito a campanhas educativas de trânsito não têm surgido efeito”, afirma o engenheiro de tráfego e especialista em trânsito Humberto Pullin.

Na tentativa de reduzir esses indicadores, quatro municípios da região – com exceção de São Caetano, Diadema e Rio Grande – firmaram, no ano passado, convênios com o Estado para fazer parte do programa Movimento Paulista de Segurança no Trânsito. O acordo prevê repasse de verba oriunda de multas aplicadas pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) para projetos de melhoria viária e educação de motoristas. No entanto, devido ao não cumprimento de ações previstas, as cidades deixaram de receber R$ 6,47 milhões.

Para o especialista, municípios precisam repensar campanhas. “Não adianta insistir em peças publicitárias que não têm surtido efeito. É preciso levar a educação de trânsito de forma eficaz para todos os integrantes do sistema”, explica.

Ao longo de 2017, 241 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, em sua maioria em ocorrências possíveis de serem evitadas e fruto da imprudência. “As prefeituras têm hoje uma ferramenta importantíssima, que é o Infosiga. Por meio dessa base de dados, os municípios têm, com riqueza de detalhes, cada ocorrência. Só falta eles usarem esses dados para campanhas focadas em cada público, como pedestre ou motorista”, avalia Pullin.




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