“De repente, a gente descobre que a felicidade está na solidariedade. Visito escolas. Ganho abraços. Vejo crianças levantando as mãozinhas e dizendo: ‘Quando crescer, quero ser como você’.”
Ana Stoppa
“Que todos possam despertar para a importância da literatura infantil no movimento da criança.”
Idem
A menina Ana Stoppa realizou seus primeiros estudos em Santo André. Com o avô paterno, Francisco Stoppa, adquiriu o hábito de gostar de ler. E acumulou histórias.
Delfino Stoppa, o pai, soldador de profissão, nasceu em Santa Bárbara, então distrito de Piracicaba; a mãe, Aparecida Bonfanti Stoppa, nasceu em São João da Boa Vista. Os avós vieram de Veneza.
Ana, nascida na Vila América, andou de barcos no antigo lago do Aramaçan. E testemunhou a Pirelli batendo nos portões das casas procurando empregados.
Pai e tios trabalharam na Pirelli. Fizeram carreiras na indústria, como tantos e tantos outros brasileiros do Interior atraídos, um dia, pelo parque industrial andreense, que era rico.
Ana, crescendo. Ganhou um primeiro e único livro aos 8 anos: A Rainha da Neve, de Hans Christian Andersen (1805-1875). Já contava histórias aos irmãos, o mesmo repetindo, anos depois, aos três filhos – Marcelo, Pedro e Tiago – e agora ao netinho, Enzo.
Aos 13 anos começou a escrever. Não era muito boa em exatas, mas em humanas... Descobriu, por exemplo, que escrever não é só inspiração, é também pesquisa.
Um dos seus 27 livros, Oração dos Bichos, tem como personagens a anta, a capivara, o tatu-canastra, o mico-leão-dourado, a onça, a onça-preta, o tucano, a arara, a arara-azul grande, a ararajuba, o peixe-boi, o boto-cor-de-rosa, o tamanduá-bandeira, o jacaré-açu, a garça-imperial, o macaco-prego, o louva-a-deus, o lobo-guará, o veado-campeiro e o uirapuru.
Perceberam? São todos animais legitimamente nacionais. Claro que um leão, “o rei das selvas”, que não é brasileiro, não poderia servir de maestro. Melhor uma onça-pintada bem nossa. Que se reserve o leão para o congresso de fadas no Coliseu, com animais de todos os planetas.
É um grande prazer conversar com a Dra. Ana Stoppa. Percebe-se o seu lado humano, ambientalista, de ativista cultural, defensora do planeta e dos animais.
Ela ama os animais. E muitas das suas histórias estão no programa Memória desta semana, do DGABC TV – www.dgabc.com.br . Sintonizem. E conheçam outros personagens, como os que se seguem.
BONECOS ANIMADOS
Rafael, o ursinho que divulga a alimentação saudável, a importância do esporte e disciplina.
Fada Soraia, que recebeu da fada rainha a missão de colorir o mundo.
Fada Verbena, a primeira da série, a defensora da natureza.
Lelé, o peixinho, o navegador dos sonhos.
Cristal, a corujinha cantora.
Juvenal, o motorista distraído.
Tatu Teotônio, em busca do planeta perfeito
O Rio Que Era Doce, de 2016. A história do desastre ambiental de Mariana, quando um projeto mercantilista atingiu de morte um rio na sua jornada rumo ao Oceano Atlântico.
Uma obra infantojuvenil para todas as idades. Verdadeira. Dra. Ana Stoppa, em 36 páginas, chama a atenção de um público de estudantes que se conscientizam para, no futuro, não participar de um projeto que leve a um desastre daquele tamanho.
Diário há 30 anos
Terça-feira, 16 de fevereiro de 1988 – ano 30, edição 6676
Manchete – Descoberto poço gigante de petróleo
A jazida foi encontrada pela Texaco na Ilha de Marajó, sob contrato de risco.
Brasil pode tornar-se não apenas autossuficiente, mas também exportador de petróleo.
Extração pode acontecer daqui a quatro anos – portanto, em 1992.
Memória – Carnaval no fundo do mar. Da série fotográfica do Panelinha, de Santo André; acervo: Dr. Rubens Awada.
Em 16 de fevereiro de...
1918 – Melhora a saúde de Serafim Constantino, vereador de São Bernardo, residente em São Caetano.
Nasce o segundo filho de José Mariano Garcia Júnior, primeiro juiz de paz do distrito de São Caetano.
A guerra. Do noticiário do Estadão: o ataque francês na Champagne.
1867 – Inaugurada a estrada de ferro São Paulo Railway, de interligação de Santos a Jundiaí. No Grande ABC são entregues três estações: Alto da Serra (Paranapiacaba), Rio Grande (Rio Grande da Serra) e São Bernardo (Santo André).
1943 – Valdira Alves de Sant’Ana nasce em Capela (Sergipe). Vem com os familiares para São Bernardo em 1946. Está até hoje na cidade, com a mãe, dona Afra, e irmãos. Poeta. Tem vários livros publicados.
Santos do Dia
Elias
Jeremias
Daniel
Gilberto de Sempringham
Hoje
Dia do Repórter
Municípios Brasileiros
Celebram aniversários em 16 de fevereiro:
No Rio Grande do Sul, Agudo e Arvorezinha
Em Minas Gerais, Raposos
Em Sergipe, Santa Luzia do Itanhy</CW>
Fonte: IBGE
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