Abdullah II falou no início de uma reunião com o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, que também expressou preocupação com o reconhecimento de Jerusalém como capital de Isreal pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Eu acho que há muito bons motivos para questionar a teoria de que o reconhecimento unilateral de Jerusalém como a capital de Israel contribuiria para a consolidação da paz no Oriente Médio", disse Steinmeier, dizendo ao jornal jordano Al-Ghad em um entrevista publicada no domingo.
Um dos pilares da posição da Alemanha sobre o conflito israelo-palestino "é a necessidade de preservar o status dos sítios sagrados e negociar o status final de Jerusalém no âmbito da solução de dois estados", disse Steinmeier.
O monarca da Jordânia serve como guardião de um importante santuário muçulmano em Jerusalém oriental, anexa a Israel, e a dinastia Hashemita do reino deriva grande parte da legitimidade política de seu papel em Jerusalém. A Jordânia também abriga uma grande população palestina.
"Eu acho que nossas opiniões sobre Palestina e Jerusalém são bem conhecidas por você", disse o rei ao presidente alemão. "Nós acreditamos em uma solução de dois estados, com Jerusalém Oriental como capital para os palestinos".
Ao mesmo tempo, a Jordânia é um país aliado dos Estados Unidos e um grande destinatário da ajuda econômica e militar norte-americana.
O rei da Jordânia recebeu o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, na semana passada, e disse que os EUA continuam sendo um corretor indispensável, indo em direção contrária à posição tomada pelo presidente da Palestina, que após o anúncio de Trump, afirmou que os EUA não tinham mais condições de intermediar as conversas com Israel. Fonte: Associated Press.
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