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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Vale a pena aderir à tarifa branca?
Idec
18/01/2018 | 07:14
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No início de janeiro de 2018, começou a valer em todo Brasil um novo regime tarifário que promete fazer com que os consumidores economizem energia: a chamada tarifa branca. A medida, criada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para desafogar o sistema elétrico e tornar a rede mais eficiente, oferece luz mais barata àqueles que a consumirem fora do horário de pico, quando o uso é mais intenso. A tarifa é opcional e cabe ao consumidor escolher se adere a mudança.

O sistema ainda não está disponível para todos. Para a maioria dos usuários, ela só será uma opção a partir de 2020. Até 2017, não fazia diferença na conta de luz se você usasse mais energia na parte da manhã ou da noite, na segunda ou no sábado. O preço era sempre o mesmo. Contudo, com a tarifa branca, o valor varia dependendo do horário e dia da semana.

Nos dias úteis, há três faixas de consumo, que mudam de acordo com a região: horário de pico, intermediário e fora do pico. Em São Paulo, por exemplo, o pico é das 17h30 às 20h30; o intermediário, das 16h30 às 17h30 e das 20h30 às 21h30. Os demais horários são considerados fora do pico. Aos fins de semana e feriados nacionais vale o valor do horário fora de pico.

As concessionárias devem informar aos consumidores quais são as suas faixas de consumo. A tarifa está sendo disponibilizada de forma gradual. Em 2018, a alternativa está disponível para quem consome 500 kwh por mês ou mais, considerando a média dos últimos 12 meses – geralmente, são pequenos comércios, indústrias e casas grandes, que consomem muita energia – e para domicílios novos, que ainda não contam com ligações elétricas.

Em 2019, o sistema passará a valer para quem consome de 250 a 500 kWh por mês, considerando a média dos últimos 12 meses. Esse grupo é representado por comércios e indústrias menores do que os estabelecimentos incluídos anteriormente.

Já em 2020, a medida estará disponível para a maioria dos brasileiros, que têm consumo anual médio entre 150 e 200 kWh por mês.

Os dados sobre consumo podem ser verificados na conta de luz do consumidor. A tarifa não é válida para a população que paga tarifa social – pessoas de baixa renda que já pagam um valor menor e não economizariam com o sistema – e indústrias de grande porte.

Será que vale a pena? A resposta vai depender dos hábitos de consumo de cada consumidor. Se uma família utiliza mais energia no período da manhã e da tarde, por exemplo, a tarifa branca pode ser boa alternativa, pois não coincide com o horário de pico da região.

Algumas concessionárias disponibilizam em seus sites simuladores para que os consumidores confiram se a tarifa é benéfica. Além disso, os usuários podem fazer testes para verificar se o sistema vale a pena.

Caso desejem retornar ao sistema convencional, a concessionária deverá restabelecê-lo em até 30 dias.

Vale ressaltar que a conta pode subir bastante se o consumo não for gerenciado. O valor no fim do mês poderá subir até 83%. 




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