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Água Santa quer mostrar que aprendeu a lição em 2017

Líder da primeira fase em 2017, Netuno foi eliminado na semifinal, a um passo da elite

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
15/01/2018 | 07:55
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 A Série A-2 do Campeonato Paulista está prestes a começar e o Água Santa mais uma vez aparece como favoritos ao acesso. Após deixar o retorno à elite escapar na semifinal em 2017 – nos pênaltis, para o Bragantino, em pleno Estádio do Inamar –, após terminar a primeira fase na liderança, o Netuno surge mais calejado apostando em dois pontos: a manutenção do técnico Jorginho e a contratação de jogadores de renome.

Alguns dos exemplos são os laterais Wellington Saci, 33 anos, e Guilherme Andrade, 28. O primeiro foi campeão brasileiro da Série B, do Paulistão e da Copa do Brasil pelo Corinthians, enquanto o segundo participou do título mundial do Timão, em 2012. O meia Rafael Chorão, 29, chega com o respaldo de ter subido o Bragantino no ano passado e ainda foi eleito para a seleção da Série A-2. Os meias Bruno Dybal, 23, e Edson Sitta, 34, o volante Derli, 28, e o atacante Roni, 26, são outros exemplos entre os 21 contratados do Netuno.

Mas não é porque estes atletas já têm certa rodagem que o Água Santa vai dar certo. Palavras do técnico Jorginho. “Só o nome não adianta. Têm de mostrar que têm capacidade e que podem ajudar e resolver o problema do Água Santa. Acredito muito nesses meninos, porque estão se dedicando, são bons jogadores. Poucos atuaram juntos. Mas se conseguirem entender e colocarem em campo o que podem produzir, acredito que possamos disputar o título, que é nossa intenção”, disse.

Os contratados vão ser mesclados com os jovens da base, como Gabriel Duarte, Luan Dias e Genilson, além dos que subirão do time da Copa São Paulo desta temporada – os mais cotados são Julio Cesar, Henrique, Richard e Tavison, mas podem ser oito no total.


ALTO NÍVEL
Jorginho enxerga que todos os participantes desta Série A-2 têm chance de brigar por acesso e título, seja por qualidade, tradição ou ambos. “Todos os 16 clubes têm condição. A partir do momento que analisa por equipes que estão na Série B, são Guarani e Oeste os mais fortes, teoricamente. Se for por tradição, tem Portuguesa, Taubaté, XV de Piracicaba... Os que têm menos tradição somos nós e o Audax. Mas só isso não entra em campo, capacidade e nome de jogador também não. Então vamos fazer o possível para que tudo se junte e sejamos fortes para passar na frente dessas equipes que têm tradição e também são favoritas”, concluiu o treinador.

Jorginho é adepto do jogo bonito e vê futebol atual copiando o antigo

Ainda não é possível saber se o Água Santa vai ter sucesso na Série A-2, mas uma coisa é certa: o time vai jogar para frente e tentar fazer bonito para a torcida, é o que garante Jorginho. O técnico de 52 anos seguiu no comando do Netuno para mais esta temporada e mantém estilo ofensivo. Segundo ele, tem uma forma mais “romântica” de enxergar o futebol.

“Não gosto de ganhar sem jogar bem. É coisa minha, acho que futebol não é só vencer, mas fazer com que as pessoas gostem de ir ver seu time jogar. Talvez seja ruim, porque muitas vezes não vou conseguir fazer atletas jogarem bem por minha culpa ou deles. Muitas vezes jogo para frente, poderia ganhar por uma bola, mas não acho isso legal. Talvez seja mais romântico e antigo neste ponto”, declarou Jorginho.

Do início como treinador em 2004, logo após pendurar as chuteiras, até hoje, muita coisa mudou para o comandante do Água Santa. Viu portas se fecharem até surgir oportunidade no União Mogi, em 2007. Era o recomeço. No ano seguinte aceitou o convite do Palmeiras para trabalhar na base. Primeiro coordenou. Depois treinou o time B, auxiliou e comandou o profissional e, dois anos depois, atingiu o apogeu: conquistou a Série B do Brasileiro pela Portuguesa. “Fomos campeões jogando tão bem quanto jogamos a Série A-2 de 2017, jogando bonito”, relembrou.

A personalidade de Jorginho não é a mesma. Antes, o semblante sisudo combinava com o jeito zangado. “Eu era cara mais bravo, tomava decisões por ímpeto. Hoje penso mais, revejo conceitos, não deixo de ser exigente, mas não levo a ferro e fogo”, admitiu.




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