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Obrigação é da empresa
Por Do Diário do Grande ABC
29/12/2017 | 11:44
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Arte/DGABC


O calvário de milhares de motoristas obrigados a trafegar todos os dias pela Rodovia Anchieta, que na verdade se transformou em grande avenida no trecho entre a Capital e o km 23,5, só fez aumentar desde que a Ecovias promoveu interdições em alças que dão acesso a bairros de São Bernardo para a construção de marginal no sentido São Paulo. Não que as intervenções, prometidas já há vários anos e só iniciadas no mês passado, não sejam necessárias e mais do que bem-vindas. Aliás, o que se espera é que sejam suficientes para desatar o nó diário que atormenta usuários, sobretudo em parte da manhã, fim da tarde e começo da noite.

Todavia, chama a atenção o descaso com que a concessionária do sistema rodoviário, que possui o pedágio mais caro do País – Anchieta-Imigrantes –, tem tratado motoristas que pagam R$ 25,60 para trafegar pelas vias em direção ao Litoral, que só neste fim de ano deve chegar a cerca de 1 milhão de veículos. Reportagem de hoje deste <CF52>Diário </CF>traz críticas e lamentações de usuários das estradas, muitos dos quais apontam a falta de sinalização adequada no trecho em obras e de orientação sobre rotas alternativas para quem até outro dia usava os acessos interditados para chegar a seus destinos na cidade.

É sabido que toda mudança no sistema viário, sem prévio aviso e sinalização e orientações adequadas, invariavelmente deixa motoristas desnorteados, ainda mais quando sufocados no meio de congestionamentos que não permitem espaço para driblar o nó do trânsito. Se quem conhece caminhos e atalhos às vezes se perde, dá para imaginar em que situação fica quem não tem a menor noção de onde está e por onde pode fugir.

A empresa afirma que tem informado sobre as intervenções por meio de painéis de mensagem e placas com orientações sobre acessos alternativos ao longo do trecho em obras. Não é o que relatam motoristas. Também garante a Ecovias que tem usado recursos como comunicados à imprensa, o site da concessionária e o perfil no Twiter para ajudar os usuários. Pode até ser, mas os motoristas não são obrigados a fuçar em meios eletrônicos para saber que caminhos seguir. Cabe à empresa, no caso, facilitar a vida de quem paga caro para trafegar pelas estradas sob seu domínio. 




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