"Parece razoável", disse o ministro.
Mas ele foi além. Disse que, na medida da possibilidade, o benefício poderá ter um "ganho extra" acima da inflação. "Havendo espaço sim (conceder o extra)", afirmou. Segundo ele, não há decisão, mas "certamente será uma prioridade".
Meirelles fez questão de destacar que a inflação este ano (IPCA) deve fechar o ano abaixo do piso da meta, que é de 3%. "Está em 2,8%. Vamos aguardar", ressaltou.
O ministro também considerou importante a definição em 2019 das novas regras do salário mínimo.
Candidatura
O ministro da Fazenda assegurou que a atual política econômica do governo continuará até o fim de 2018, independentemente da sua decisão de sair ou não no ministério em março para concorrer à Presidência da República. Ele admitiu, porém, que é normal que o processo eleitoral seja "cada vez mais importante" a partir de agora na influência sobre as expectativas.
"Não tem dúvida sobre a manutenção dessa política até o fim do governo", respondeu Meirelles. "Tem que manter a linha e a condução correta e firme da economia. Isso é muito importante e será sempre. É importante continuar essa trajetória até o fim deste governo em 2018", completou.
Ele evitou, no entanto, especular sobre o seu eventual substituto à frente da pasta a partir de abril. "Se eu for candidato, a decisão sobre o próximo ministro será do presidente da República. E se isso acontecer", frisou, ao ser perguntado se o secretário-executivo do ministério, Eduardo Guardia, seria o seu sucessor natural.
Perguntado se a falta de definição sobre sua candidatura até março não pode prejudicar a formação de expectativas no mercado para o próximo ano, Meirelles reconheceu que o processo eleitoral cada vez mais influenciará as decisões de consumidores e empresários.
"É inquestionável que cada vez mais se comece a olhar à frente. Qual será a política economia que será aplicada de abril até dezembro, mas também no futuro. Vai voltar atrás, vai continuar avançando? São decisões cruciais", avaliou o ministro.
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