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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Música sem fronteira

Artista da região apresenta o projeto de improvisação Orquestra de Música Normal, em Santo André

Vinícius Castelli
14/12/2017 | 07:00
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Divulgação


 Música, como todo tipo de arte, não tem regra, tampouco limites. E foi a partir da necessidade de improvisar livremente e deixar que os sentimentos ditem o caminho que nasceu a Orquestra de Música Normal. O conjunto se apresenta sábado em Santo André, no palco do Gambalaia Espaço de Artes e Convivência (Rua das Monções, 1.018), às 20h. As entradas custam R$ 10 e podem ser compradas no local. É necessário, ainda, levar 1 kg de alimento não perecível.

A orquestra contará com 23 músicos, alguns da Capital e outros da região. E nenhum deles é necessariamente fixo. Em comum, além do amor pela música, existe a vontade de experimentar. Todos com diferentes trajetórias e experiências em suas formações e propostas expressivas. E quem idealizou a empreitada foi Luiz Eduardo Galvão, de Santo André.

Para o concerto de sábado, o conjunto se inspira na narrativa do boi de piranha, uma prática comum no Brasil quando há necessidade de uma boiada atravessar um rio com piranhas e é sacrificado um boi velho ou doente para que os outros passem com tranquilidade. “São 60 minutos, dividimos os participantes de acordo com os personagens desse cenário. Há as piranhas, o boi doente, rio, a boiada e o boiadeiro”, explica.

Galvão conta que a ideia da orquestra surgiu em 2012, a partir de outro projeto, o Circuito de Improvisação Livre. “Começamos a fazer experimentações com grupos grandes e não conseguíamos desenvolver por causa de evasão”, diz. Daí ele pensou em algo mais prático, “que fosse um acontecimento, uma vivência que começasse e terminasse no mesmo dia. A curto prazo”, diz.

A ideia é de um projeto democrático, de inclusão. Nos concertos os músicos não são necessariamente os mesmos. Faço convocatória e as pessoas convidam outros interessados. Ele acha que o projeto pode se tornar uma orquestra com músicos fixos, mas não pensa nisso. “A ideia é deixar fluir. Queria que tivesse um núcleo fixo entre pessoas transitórias.”

Segundo o artista, o fato de trabalhar com improviso é algo muito enriquecedor, “democrático e anárquico. É solto, desde o processo de convocação até os exercícios que fazemos. Extraímos a identidade de cada um. Não tem idioma. O improviso é uma coisa que está na mão de qualquer um e estamos sempre improvisando durante a vida. As respostas chegam de acordo com situações”, encerra.




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