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Morte de macaco põe região em alerta para febre amarela

Sagui-de-tufos-pretos foi encontrado na divisa entre Mauá e Ribeirão Pires; laudo analisa causa

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
13/12/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 As prefeituras de Mauá e Ribeirão Pires investigam as causas da morte de um macaco da espécie sagui-de-tufos-pretos, encontrado em área de mata na divisa entre as duas cidades, região conhecida como Sete Cruzes, há seis dias. Análise de material coletado do primata e encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, indicará se o animal estava infectado pelo vírus da febre amarela.

Conforme a Defesa Civil de Ribeirão Pires, o corpo do macaco foi encontrado por moradores em área de mata fechada e recolhido pelo órgão municipal. Por se tratar de área de divisa, todos os procedimentos estão sendo realizados em conjunto com a Prefeitura de Mauá.

Os órgãos públicos aguardam resultado da análise sobre a causa da morte do sagui-de-tufos-pretos para saber se o vírus da febre amarela circula pela região e, em caso positivo, quais medidas serão necessárias. Apesar da preocupação em relação à possibilidade do avanço da doença, as vigilâncias em Saúde alertam para que a população não maltrate macacos encontrados, já que os animais não são transmissores do vírus. Apenas mosquitos contaminados são capazes de propagar o mal, por meio da picada.

Desde julho de 2016 até novembro deste ano a Secretaria Estadual da Saúde já contabilizou 2.147 epizootias (morte ou adoecimento de primatas não humanos, como macacos, bugios e outros), sendo que 501 animais – 74% deles na região de Campinas – ficaram doentes ou morreram em razão da febre amarela.

O aumento dos casos da doença no Estado já motivou o fechamento de pelo menos 15 parques e a intensificação de monitoramento dos órgãos estaduais de vigilância em Saúde, com ênfase nos corredores ecológicos. Além disso, está sendo reforçada a vacinação contra a febre amarela na Zona Norte da Capital e nas regiões de Jundiaí, Alto Tietê e Osasco.

Em fevereiro, quatro macacos-prego foram encontrados mortos no Parque Cidade dos Meninos, em Santo André. No entanto, os laudos deram negativo para febre amarela.

Até ontem, foram confirmadas dez mortes de humanos por febre amarela silvestre no Estado, sendo 23 casos autóctones (contraídos fora da cidade em que o doente reside). Na região, apenas Santo André registrou óbitos em razão da doença: a professora Thalita Beneduzi, 28 anos, em 16 de fevereiro. Thalita tinha viajado à cidade de Capitólio, em Minas Gerais.

Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942. A principal arma contra a doença continua sendo a vacinação, prevista no Programa Nacional de Imunizações e oferecida em postos do SUS (Sistema Único de Saúde).




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