Na visão do relator, os dois cometeram os crimes de abuso de autoridade, prevaricação e incitação "à subversão da ordem política ou social", previsto na Lei de Segurança Nacional.
O relatório de Carlos Marun estava sendo apresentado por volta das 11h da manhã desta terça aos parlamentares da CPMI. O texto precisa ser aprovado pelo colegiado antes de ser enviado ao Ministério Público Federal (MPF), que deve se pronunciar sobre as recomendações. Caso a maioria dos deputados e senadores da comissão não aprovem o parecer, a CPMI deve apresentar um relatório paralelo.
Segundo entendimento do relator, a cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR), ao firmar o acordo de delação premiada com executivos da JBS, tinha como objetivo depor o presidente da República, Michel Temer, e interferir no processo de sucessão de Janot no cargo.
Além de Janot e Pelella, serão alvos de pedido de indiciamento o ex-procurador Marcello Miller, os irmãos Joesley e Wesley Batista, além do executivo do grupo J&F Ricardo Saud. Principal integrante da tropa de choque de Temer no Congresso, Marun tomará posse como ministro da Secretaria de Governo na quinta-feira, 14.
O deputado também se notabilizou pela defesa ferrenha que fazia ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso.
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