A população também deve ter participação na preservação das praças, e isso precisa ser estimulado, ressaltam os especialistas. “A necessidade de adoção de praças pelo setor privado reflete a incapacidade do poder público e da comunidade em garantir a manutenção. Como nenhum deles cumpre seu papel de maneira adequada, praças e parques acabam se degradando rapidamente”, avalia o arquiteto urbanista e professor da Universidade Metodista Carlos Henrique Andrade de Oliveira. “Cuidar de uma praça não é responsabilidade de um setor da Prefeitura – geralmente, a Secretaria de Serviços Urbanos, ou de Obras. Uma praça pode e deve ser utilizada pelas áreas de Cultura, Lazer, Educação, Saúde e Assistência Social, entre outros. O uso constante faz com que o espaço seja melhor cuidado e mais apreciado, atraindo melhores usuários”, acrescenta.
A opinião é compartilhada pelo professor arquiteto paisagista da Universidade Presbiteriana Mackenzie Olair de Camillo. “É importante que haja um ambiente que possa ter algum tipo de serviço, pois cria um espaço de zeladoria, de adoção pela própria vizinhança.”
A preservação está diretamente ligada à qualidade de vida, ressaltam os especialistas. “São áreas onde há menor índice de impermeabilização do solo, garantindo a infiltração das águas das chuvas e controle da temperatura pelo sombreamento criado pelas árvores adultas”, destaca Oliveira.
“As praças têm função importantíssima nas cidades, pois além de oferecer espaço para lazer, a vegetação qualifica muito o ambiente. A praça é quase que um oásis em um deserto de concreto”, salienta Camillo