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Morando avisa que vai vetar 13º salário se Câmara aprovar

Prefeito de São Bernardo revela que pediu aos vereadores que tema fique fora da pauta: ‘Não há ambiente para que essa discussão avance’

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
09/12/2017 | 07:00
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O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), avisou que, caso a Câmara aprove a instituição do 13º salário e de um terço de férias para a classe política da cidade, vai vetar eventuais benefícios para ele e para seu vice, Marcelo Lima (SD), que também é secretário de Serviços Urbanos.

Ontem, o Diário mostrou que parte da base de sustentação do tucano na Casa visitou o Legislativo da Capital para colher embasamento técnico e político para implementar a bonificação. Também foi solicitado ao departamento jurídico da Câmara são-bernardense estudo de viabilidade para que o salário extra seja pago ainda nesta legislatura.

“Não vou mandar projeto nesse sentido, habilitando o 13º salário. Entendo que seja constitucional, porém não há ambiente para que esse tipo de projeto seja aprovado. Inclusive, eu pedi para a base que esse tipo de discussão não avançasse e avisei que se algo nesse sentido (de instituir o 13º e um terço de férias) for aprovado, vou vetar para mim e para meu vice”, adiantou Morando.

O tucano relembrou que, todos os meses, efetua doação de R$ 5.021,08 para uma instituição carente do município. Esse valor se refere ao aumento dado pelo ex-prefeito Luiz Marinho (PT) ao salário do chefe do Executivo de São Bernardo no fim de seu mandato. “Eu não concordei com esse reajuste dado pelo meu antecessor e tenho doado mensalmente essa quantia a uma entidade. Não concordo também com o 13º, embora respeite as cidades que avançaram nesse debate”, prosseguiu.

Caso a Câmara de São Bernardo aprove instituição desses benefícios, o impacto direto seria de R$ 620.880,80 – já que o 13º salário valeria para 28 vereadores, além de prefeito e vice. Segundo o presidente do Legislativo, Pery Cartola (PSDB), qualquer discussão sobre implementação dessas bonificações – consideradas legais pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em fevereiro – só valerá para 2021, observando o dispositivo da anterioridade da Constituição Federal.

Segundo Morando, pautar o acréscimo de benesses à classe política neste momento só contribui para arranhar a imagem do político. “Estamos tratando o dinheiro público com respeito, buscando resgatar a credibilidade da classe política. Benefícios como esses não colaboram com a imagem do homem público. O político precisa trabalhar pelo bem comum, pelo bem coletivo, e não para o bem pessoal.” 




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