Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Desajustes estruturais da sociedade
Por Do Diário do Grande ABC
22/11/2017 | 08:46
Compartilhar notícia


Artigo

Corrupção endêmica, violência urbana, altas taxas de desemprego, grave crise ética, falta de confiança em sua classe política. Problemas não faltam para a sociedade brasileira atualmente. Mas será que ela procura refletir as verdadeiras causas de seu infortúnio diário?

Existem três pontos, que considero fundamentais e que estão na raiz de nossos problemas sociais: a baixa escolaridade; a abissal desigualdade social e o paquidérmico tamanho do Estado brasileiro.

A baixa escolaridade vem desde os tempos de nossa colonização europeia. Nossos conquistadores vieram para explorar as riquezas naturais, utilizar mão de obra escrava, juntar o máximo de dinheiro possível e voltar para a metrópole enriquecidos. Sob esta visão, a Educação nunca atingiu papel relevante. E para que escravos precisavam ler e escrever? De lá para cá pouco esse quadro se modificou: Hoje, em torno de 30% dos brasileiros maiores de 15 anos são analfabetos ou analfabetos funcionais (não têm capacidade de interpretar um texto). Nossos índices internacionais de avaliação escolar são péssimos.

O segundo ponto é a abissal desigualdade social. Na sua essência, a escorchante distribuição de renda não muda, não importa a época, não importa a crise ou se a economia cresce muito ou pouco. Os 10% mais ricos detêm cerca de 55% da renda nacional, não importando o tipo de governo de plantão, enquanto os 50% mais pobres respondem por 10% da renda. Situação vergonhosa para qualquer sociedade decente.

Finalmente, o terceiro ponto: a gigantesca máquina pública, aqui englobando os governos federal, estadual e municipal e os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Este inchaço traz como agravante a necessidade insaciável de arrecadação de impostos. As empresas estatais são ineficientes e focos contínuos de corrupção, cabide de empregos disputados por políticos e apaniguados. Não por acaso, o Brasil possui o pior retorno sobre impostos arrecadados, entre as 30 principais economias do mundo. Nunca se ouve falar em redução de gastos, mas sempre na necessidade de arrecadação de mais impostos. O governo brasileiro, independentemente do partido, é uma vergonha.

A sociedade brasileira precisa enfrentar esses três pontos de frente. Qual a saída? A sociedade civil deve estar comprometida com as mudanças estruturais. Claro que estamos acostumados a depender do governo como salvador da pátria, mas já tivemos muitos e nenhum resolveu, e não resolverá. A sociedade deve ser protagonista de seu destino.

Celso Luiz Tracco é master coach, palestrante e escritor.

Palavra do leitor

Meia boca
Que decisão melancólica de Brasileirão(rinho) tivemos, assim como tem acontecido nos últimos anos. Campeão decidido em uma quarta-feira, quando a maioria está dormindo e o adversário, o Fluminense, lutando contra o rebaixamento, sem as mínimas condições de disputar final. O campeão, aliás, com essa fórmula ridícula de disputa, nem taça para levantar tinha. Se o Corinthians fosse um pouquinho melhor, tinha sido campeão ainda mais antecipado do que foi. Tecnicamente temos torneio medíocre, no qual falta técnica e sobra força física. Resta para este fim de competição saber quem será rebaixado e quem vai para a Libertadores, que está tão inchada que tem time que não serve nem para disputar o Paulista. Fórmula decente e emocionante leva campeonato a ser decidido no domingo à tarde, com casa cheia e transmitido para todo Brasil, com os dois times tendo condições de levantar a taça. Com essas e outras, os iluminados dirigentes do futebol brasileiro estão conseguindo acabar com o que já foi considerado o melhor do mundo.
Mauri Fontes
Santo André

Juízes da esperança
Hoje, nossas únicas esperanças de algum resgate de nossa dignidade estão nos integrantes da força-tarefa da Lava Jato e no TRF (Tribunal Regional Federal)-4!
Tânia Tavares
Capital

Igreja
Li a reportagem neste Diário ‘Igreja Católica traça plano para estancar debandada de fiéis’ (Setecidades, dia 16). Muito bem, algo está em desacordo, vejamos. Durante os aproximadamente três anos e meio de seu ministério o Senhor Jesus Cristo reuniu em torno de si grande multidão de pessoas: algumas para ouvir uma palavra e seguir seus ensinos fielmente, outras interessadas nas bênçãos, enquanto outras procuravam ocasião para condená-lo. Nos dias atuais e nas igrejas também tem-se atraído pessoas com diferentes motivações: algumas querem ouvir uma palavra para mudar suas vidas e, depois das transformações, ajudam a proclamar o verdadeiro evangelho; outras estão interessadas nas bênçãos materiais, afetivas e curas; e ainda há as que conhecem as escrituras e não vivem, mas estão prontas a apontar erros e problemas nos outros. Devido às diferentes motivações podemos observar que há três tipos de crentes atualmente: os ‘bem suados’, os abençoados e os que são uma bênção. Houve distorção do significado da fé bíblica.
Luizinho Fernandes
São Bernardo

Quem te viu...
As proezas do ilustre ex-presidente condenado Luiz Inácio Lula da Silva, que em breve estará figurando no time oficial no presídio da Papuda, provavelmente como técnico para manter a superioridade de mestre das falcatruas, continuam. Olhem a que ponto chega esse cidadão, fazendo comício em assentamento de invasores sem-teto oportunistas, comemorando a primeira vez em que um prefeito foi eleito pela sua sigla (Política, dia 19). A pérola de agora foi, em discurso à militância, dizer que pobre não deveria pagar Imposto de Renda. É para rir dessa bobagem! O escroque ficou por oito anos e não fez reforma tributária nenhuma!Quer enganar a quem? Conselho direto e reto: vá curtir seus netos e gastar seus R$ 9 milhões de previdência privada, porque na Papuda não se vende charutos cubanos nem uísque. Verdadeiro cara de pau. Peróba nele.
Ailton Gomes
Ribeirão Pires

Lenga-lenga
Deficit da Previdência Pública: para 1 milhão de aposentados, R$ 1,2 trilhão. Deficit da aposentadoria privada: para 33 milhões de aposentados, R$ 400 bilhões. E só ouvimos que o problema está na idade dos aposentados da iniciativa privada. É ou não é chamar a todos nós, brasileiros, de antas, burros, decrépitos e ignorantes? Com a palavra todos os poderes executivos, legislativos e judiciários. No Judiciário, então, a média por aposentado chega a R$ 30 mil, quando na iniciativa privada é de R$ 1.800. Isso porque em nossa Constituição diz que ‘todos somos iguais perante a lei’. Imagine se não fôssemos!
Beatriz Campos
Capital 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.