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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Originalidade na formação acadêmica
Do Diário do Grande ABC
19/11/2017 | 08:54
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Artigo

O Brasil produz mais de 60 mil artigos científicos por ano, de acordo com a base de periódicos científicos Scimago, além de teses de doutorado, dissertações de mestrado e trabalhos de conclusão de curso produzidos anualmente por milhões de alunos no nível superior. O problema é que muitos desses trabalhos têm algum tipo de plágio, ou seja, trazem ideias ou até mesmo trechos inteiros de textos de outros autores. A fraude científica tem ganhado espaço na mídia no Brasil e, com isso, tanto as universidades quanto as instituições que financiam pesquisas passaram a dar mais atenção ao assunto.

Nem sempre o plágio acontece por desonestidade do plagiador. Muitas vezes é o atalho mais acessível para driblar problemas como o mau gerenciamento de tempo, o desconhecimento do uso apropriado de paráfrase ou citação, ou ainda conhecimento de vocabulário e gramática limitados.

Sempre que o aluno copia, ele perde a chance de aprender. O fim da cultura da cópia passa pela Educação. Produzir conteúdo original e dar voz aos próprios argumentos são tarefas difíceis que requerem prática, mas há maneiras de facilitar esse processo, como, por exemplo, com o uso de ferramentas que apontam nos textos trechos que foram copiados de outras fontes.

Poucos casos de plágio são identificados e denunciados nas universidades porque a maioria ainda conta somente com a percepção dos professores, que costumam recorrer a mecanismos de checagem gratuitos, os quais detectam somente a ponta do iceberg – alunos copiam mais entre trabalhos de outros alunos e publicações científicas do que de conteúdo da internet.

Quando a universidade checa a originalidade dos trabalhos, há aumento significativo do número de casos de plágio, porém, também cresce a consciência de que a prática deve ser evitada. É responsabilidade da instituição desenvolver políticas para a construção de cultura de integridade na formação de seus alunos. Quando são utilizadas ferramentas tecnológicas abrangentes, que vão além da internet, como nas bases de dados de trabalhos de alunos, livros e publicações científicas, inicia-se processo de conscientização.

Sem saída para atalhos, os alunos passam a entender onde estão errando e a praticar a escrita com mais profundidade; desenvolvem a argumentação e o raciocínio crítico; e a qualidade dos trabalhos melhora significativamente. No longo prazo, cria-se cultura de integridade acadêmica que forma profissionais éticos, capazes de desenvolver o pensamento original e com capacidade de inovar para o País avançar – que, ao que parece, é exatamente o que o Brasil precisa.

Mariana Rutigliano é gerente de inovação educacional da empresa de tecnologia Turnitin.

Palavra do leitor

Mentira!
É muita cara de pau! Vem o presidente Michel Temer dizer no horário político que foi alvo de conspiração, que está tudo esclarecido e foi absolvido das acusações que lhe imputavam. Mentira. Não, presidente. O senhor apenas, por enquanto, se livrou de responder devido à ‘bondade’ de seus pares. A partir do primeiro minuto de janeiro seus advogados de defesa vão aliviar um pouco o peso das malas.
Nelson Mendes
São Bernardo

Despencando
Como santista, digo que ficou evidente que o problema do time não era o técnico Levir Culpi. Alguns jogadores fizeram corpo mole e não renderam o que deles se esperava. Lucas Lima é a maior decepção. Não é possível que o time despenque da briga pela liderança no Brasileiro ao risco de nem ir à Libertadores.
Vitor Santana
Ribeirão Pires

Futebol
Sou idoso apaixonado por futebol. Joguei muita bola na várzea,quando criança e veterano. Infelizmente tive de parar, mas continuo acompanhando os jogos profissionais e varzeanos. Às vezes fico irritado com a péssima qualidade do nosso futebol. É absurdo grande parte da imprensa esportiva não respeitar a história e debochar do torcedor. Assisti a centenas de jogos, presenciei as ‘batalhas’ da Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Vi o quanto foi difícil Santos e Palmeiras vencerem essas competições. Era o Campeonato Brasileiro da época. Clubes de todo País, jogos disputadíssimos, recheados de jogadores inesquecíveis. Acho desrespeitoso ignorar e debochar dos clubes, atletas e torcedores que conquistaram os títulos, de forma brilhante e honesta, coisa rara hoje em dia! Conheço muita gente que deixou de assistir a programas esportivos na TV e ouvir rádio. Tornaram-se balcão de negócios e ‘feudo’ de clubes midiáticos. Quero lembrar a todos patrocinadores e donos de empresas de comunicação que audiência,sucesso e popularidade nunca foram sinais de competência e inteligência no Brasil. Mas, se isso não é fator importante, então continuem fazendo e vendendo seus produtos nos ‘camelódromos eletrônicos’.
José Machado
São Bernardo

Debandada
Em relação à debandada de fiéis da Igreja Católica (Setecidades, dia 16), talvez fosse o caso de se acabar com o dízimo, afinal, vivemos em tempos de crise.
Sirlene do Prado
Diadema

Hidra de Lerna
Conta-nos a lenda que Hércules, herói grego filho de Zeus, foi encarregado de realizar 12 tarefas, que ficaram conhecidas como ‘Os doze trabalhos de Hércules’. Um desses, mais especificamente o segundo, era matar a Hidra de Lerna, criatura grotesca com corpo de dragão e nove cabeças de serpentes, que se regeneravam quando cortadas. Nesse trabalho, Hércules contou com ajuda de seu sobrinho Lolau. Enquanto cortava as cabeças, seu sobrinho impedia sua regeneração queimando as feridas com tições em brasa. Aqui pelas terras de Peri e Ceci, também possuímos nossa Hidra de Lerna, que atende pelo nome de corrupção. Suas cabeças, apesar de serem decepadas pela Lava Jato, nosso Hércules contemporâneo, se regeneram rapidamente. Pior. Multiplicam-se. A exemplo da lenda, nosso herói está precisando de ajuda e nós, eleitores, devemos ajudá-lo assumindo o papel de seu sobrinho nas próximas eleições. Vamos fazer de nosso voto tição em brasa e queimar os maus candidatos. Somente dessa forma estaremos impedindo a regeneração da corrupção em nosso País.
Vanderlei A. Retondo
Santo André
 




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