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Após dois meses de cortes, indústria da região volta a contratar

Esta é a terceira vez no ano que o emprego fecha no azul; dispensas é seis vezes menor que em 2016

Gabriel Russini
Especial para o Diário
11/11/2017 | 07:29
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Nario Barbosa


Após dois meses amargando resultados negativos, a indústria do Grande ABC voltou a contratar em outubro. Foi a terceira vez no ano em que o emprego no setor fechou no azul na região. De acordo com dados do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), as fábricas apresentaram saldo positivo de 50 postos de trabalho no mês passado – ou seja, mais contrataram do que demitiram. Em agosto, os cortes haviam atingido 1.050 trabalhadores e, em setembro, outros 250.

“Trata-se de um indicativo de retomada, mas bem leve. No entanto, é melhor do que continuar perdendo postos”, avalia o economista e coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero.

As fábricas de São Caetano (50) e Diadema (150) foram as que mais criaram vagas em outubro, enquanto que, por outro lado, em Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra foi verificada a eliminação de 50 empregos e, em São Bernardo, 100.

Os setores que mais contrataram foram máquinas e equipamentos (1,46%) e produtos de borracha e material de plástico (0,41%). Em contrapartida, os que mais dispensaram foram os segmentos de veículos automotores e autopeças (-0,16%) e produtos químicos (-0,13%).

Para o economista, o resultado positivo é esperado para a atual conjuntura, em que os índices de inflação e juros estão diminuindo, e a confiança do consumidor está sendo restabelecida, portanto, a economia volta a girar.

Na avaliação do diretor titular do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) do Ciesp, Paulo Francini, o cenário configura recuperação industrial. “Apesar de ainda estar em baixa intensidade, a recuperação é persistente.”

Balistiero lembra que 2016 foi considerado o ‘fundo do poço’ para o setor industrial na região. “As empresas não tinham mais quem demitir, caso contrário, encerrariam suas atividades.”

De janeiro a outubro, as fábricas das sete cidades ainda somam a perda de 3.450 postos. No entanto, quando comparado ao acumulado do ano passado, o volume é seis vezes menor. À época, para se ter ideia, foi verificado o corte de 19.250 operários. 




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