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Em Santo André, Ana Paula se afasta por 12 dias da Saúde

Secretária se ausenta temporariamente da Pasta em meio a indefinição sobre seu futuro no governo

Junior Carvalho
29/10/2017 | 07:00
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Diário do Grande ABC


 Sob indefinição sobre seu futuro no governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), a secretária de Saúde, Ana Paula Peña Dias, se afastará por 12 dias do setor. A licença foi publicada ontem no Diário Oficial e ratificada pela secretária, que alegou motivos particulares. Ela anunciou que retornará.

O afastamento será entre os dias 6 e 17 de novembro. “Vou tirar alguns dias por razões particulares, mas no dia 18 já estarei de volta. Nesse período não vou receber salário”, afirmou Ana Paula. Adjunto na Pasta, Ricardo Macarini Ferreira substituirá a titular do setor nesse período.

A saída temporária foi comentada superficialmente por Paulo Serra e por Ana Paula durante o mutirão do programa Saúde Fila Zero, realizado na manhã de ontem no Centro Hospitalar Municipal Newton da Costa Brandão (leia mais na página 4 do caderno Setecidades). Ambos evitaram atrelar o afastamento às indefinições sobre o futuro de Ana Paula no secretariado do governo tucano.

A secretária enfrenta críticas internas, pelo menos, desde o início de agosto. O desgaste é atribuído ao fechamento de sete unidades de saúde na cidade, por conta do programa de reforma e modernização dos equipamentos, intitulado QualiSaúde. As interdições temporárias teriam ocorrido sem planejamento e sobrecarregado as demais unidades, o que o governo andreense nega.

Em agosto, o Diário revelou que a secretaria, sob a chefia de Ana Paula, iniciou o processo de fechamento das unidades sem realizar estudos para obras nem mesmo realizar licitações para sua execução. Paulo Serra, por sua vez, sustenta que a revitalização dos equipamentos não se resume às intervenções físicas.

A reforma e informatização dos postos custarão, ao todo, R$ 4 milhões e a previsão é de conclusão no início de 2019. O Paço já garantiu a possibilidade de antecipar a reabertura de algumas unidades, mas não detalha quais equipamentos possam ter as obras aceleradas.

O auge da crise ocorreu no dia 24 de agosto, quando Ana Paula relatou ter sido agredida física e verbalmente na Câmara durante reunião com os parlamentares, justamente para prestar esclarecimentos sobre o fechamento das unidades. Na ocasião, acusou o presidente da Câmara, Almir Cicote (PSB) e o vereador oposicionista Willians Bezerra (PT) de injúria, incitação ao crime e ameaça – ambos negam. O petista responde a outro processo, de 2013, por injúria e violência doméstica supostamente cometidos contra sua ex-mulher.

Paralelo ao impasse, Paulo Serra não descarta o ingresso do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), que é médico, no governo. O prefeito, porém, sempre garantiu a permanência de Ana Paula.

No mês passado, a secretária ironizou a negociação com socialistas. “Estão dizendo que o Aidan vem para pegar o meu lugar (no comando da Saúde). Acho que é melhor não falar nada. (Se isso acontecer) Eu vou ficar enciumada. Sou apegada (ao cargo)”, brincou.

(Colaborou Tauana Marin)




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