No caso do ex-procurador, também foi aprovado pedido para quebrar seu sigilo bancário e de mensagens de um endereço de e-mail pessoal.
A CPMI tem como um dos seus objetivos investigar irregularidades na delação premiada de executivos do grupo J&F, rescindido após as suspeitas de que Miller orientou a delação antes de o acordo ser firmado. Nos bastidores, porém, governistas pretendem usar a comissão para desqualificar as acusações dos delatores, que implicam diretamente o presidente Michel Temer.
Na lista de requerimentos que tratam de quebra de sigilo aprovados hoje estão ainda o levantamento detalhado de todos os empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas do grupo J&F, além de operações de câmbio feito pelo grupo.
Os dados, segundo integrantes da CPMI, servirão para embasar os trabalhos da comissão. Os pedidos de quebra de sigilo foram aprovados sem contestações, nem mesmo da oposição.
A única ressalva, feita pelo deputado Delegado Francischini (SD-PR), foi de que a quebra de sigilo telefônico de Miller fosse ampliado. O pedido original solicitava dados a partir de janeiro de 2017.
Diante da possibilidade de, segundo Francischini, Miller poder ter orientado delações anteriores, o pedido foi ampliado para janeiro de 2015.
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