"Não obstante as perspectivas acima, o Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", repete o RTI.
De acordo com o BC, o comportamento da inflação permanece bastante favorável. Repetindo a ata do Copom, o RTI citou que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante - que inclui 2018 - é compatível com o processo de flexibilização monetária.
O BC também voltou a afirmar no RTI que o Copom entende que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. "O Comitê enfatiza que o processo de reformas, como as recentes aprovações de medidas na área creditícia, e de ajustes necessários na economia brasileira contribui para a queda da sua taxa de juros estrutural. As estimativas dessa taxa serão continuamente reavaliadas pelo Comitê", frisou.
O relatório agora divulgado também reafirma que o balanço de riscos considera possível que efeitos secundários do contínuo choque favorável nos preços de alimentos e da inflação de bens industriais em níveis correntes baixos pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado.
"Por outro lado, uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária", voltou a alertar o BC. "Esse risco se intensifica no caso de reversão do corrente cenário externo favorável para economias emergentes", completou.
O documento reforça que o conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra sinais compatíveis com a recuperação gradual da economia brasileira. O BC também reafirma que persiste um alto nível de ociosidade nos fatores de produção, seja na capacidade da indústria seja pela taxa de desemprego.
Sobre o cenário externo, o RTI o considera favorável, uma vez que as atividade econômica global estaria se recuperando sem pressionar as condições financeiras nas economias avançadas. "Isso contribui para manter o apetite ao risco em relação a economias emergentes", avalia o documento.
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