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Domingo, 28 de Abril de 2024

Ex-diretora do Fórum é removida de Mauá pelo TJ
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
27/09/2008 | 07:06
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André Henriques/DGABC


A ex-diretora do Fórum de Mauá Ida Inês Del Cid,responsável pelo início do imbróglio jurídico que impediu a realização do segundo turno na disputa pela Prefeitura, em 2004, está, de vez, fora do município.

Mas a sua saída obrigatória da cidade está relacionada a outro processo: a possível ligação com supostos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

O Órgão Especial do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo decidiu, no último dia 17, pela remoção compulsória da magistrada. Dessa forma, ela escolherá outro local de atuação, dentre as vagas disponíveis nas varas estaduais, assim que o acórdão for publicado. Provavelmente, Ida deverá ser alocada no Fórum João Mendes, na Capital. A mudança ocorrerá até o final do ano. Procurada ontem à tarde, ela não quis falar sobre o assunto.

Dos desembargadores que compõem o órgão, 20 acompanharam o relator, Antônio Carlos Viana Santos, pela remoção da juíza. Três (Celso Limongi, Carlos Alberto de Sousa Lima e Mauricio Vidigal) opinaram pela improcedência do processo disciplinar. Antonio Luiz Reis Kuntz votou pela disponibilidade de Ida.

A possível relação entre a magistrada e o PCC foi revelada com exclusividade pelo Diário em dezembro de 2006. Escutas telefônicas feitas pela polícia mostraram a proximidade de Ida Inês com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Mauá, Sidnei Garcia, denunciado pelo Ministério Público por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro da facção criminosa. Ida já havia sido afastada preventivamente de suas funções em junho do ano passado. No mês seguinte, teve sua defesa prévia rejeitada por unanimidade pelo TJ, o que a transformou em ré no processo disciplinar.

A remoção da juíza ocorre poucos dias antes da eleição. Há quatro anos, Ida Inês, que era a juíza eleitoral da cidade, teve um papel de destaque na definição do pleito.

A magistrada foi a responsável pela cassação do registro da candidatura do então candidato a prefeito do PT, Márcio Chaves, que na época era vice-prefeito. O petista foi acusado de favorecimento, por conta de uma exposição realizada na cidade, chamada Túnel do Tempo, que apontava as ações no município durante as duas gestões do então prefeito Oswaldo Dias. Pouco tempo depois, ela chegou a diplomar o segundo colocado, Leonel Damo (PV), mas a batalha durou um ano e só foi encerrada no STF (Supremo Tribunal Federal). Em 6 de dezembro de 2005, Ida empossou Damo como prefeito.




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