Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

Economia
>
Em Santo André
Um ano após desativação, fábrica da Bala Juquinha vira estacionamento

Tradicional guloseima passou a ser produzida no Rio Grande do Sul

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
21/05/2016 | 07:19
Compartilhar notícia
Anderson Silva/DGABC


O terreno que abrigou por 28 anos a fábrica da Bala Juquinha, na Avenida dos Estados, em Santo André, foi transformado em estacionamento. A área, no bairro Santa Teresinha, está desativada há pouco mais de um ano, quando o empresário italiano Giulio Luigi Sofio decidiu fechar as portas da empresa, uma das mais tradicionais da região e da indústria de doces.

Antes de desistir do negócio, que funcionou por 70 anos, a fábrica ficava na Zona Norte da Capital. Quando a notícia sobre o fechamento da empresa veio a público, inúmeros fãs da guloseima manifestaram insatisfação e saudosismo nas redes sociais. Foi aí que o empresário Antônio Tanque, do Rio de Janeiro, identificou uma oportunidade de mercado: comprou a marca e a fórmula da Bala Juquinha. Inicialmente, a produção seria transferida para Araras, no Interior de São Paulo, mas acabou indo para Lajeado, no Rio Grande do Sul, onde é feita na fábrica da Florestal Alimentos, uma das cinco maiores companhias do ramo no País.

Assim, o produto voltou a ser comercializado em agosto. Entretanto, apesar de o Grande ABC ter tido papel importante na história da marca, é difícil encontrar a guloseima nas prateleiras das lojas da região. Um dos principais mercados consumidores da Bala Juquinha é o Rio de Janeiro – o que já ocorria mesmo antes de a propriedade da empresa ir parar nas mãos de um representante daquele Estado. Depois que Tanque adquiriu a marca, modernizou o logotipo e lançou sabores, como os de maçã verde, framboesa e uva.

Pouco antes do fechamento da fábrica de Santo André, a produção era de cerca de 60 toneladas por mês, o que equivale a 10% do que era feito no auge de seu funcionamento, entre o fim da década de 1990 e o início dos anos 2000.

No ano passado, em entrevista ao Diário, Tanque falava que seriam adotadas metas agressivas de crescimento e que a desativação da unidade no Grande ABC se deu porque a família do antigo proprietário não teria interesse em tocar o negócio. Disse também que a empresa não ficou na região porque obteve oportunidades melhores em outros Estados, sem dar detalhes.

Tanque, que é síndico do Mercadão de Madureira, foi procurado ontem, mas não foi localizado.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.