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O que fazer com o 13º salário?
Silvia Cristina Silva
06/12/2014 | 07:27
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O que fazer com a segunda parcela do 13º salário? Essa renda extra é sempre uma forte tentação para as compras de Natal e as festas de fim de ano, para reformar a casa ou trocar de carro, entre outras despesas que parecem aflorar nesta época do ano. Mas também pode ser uma ótima oportunidade para colocar as contas em dia. Assim, antes de realizar aquisições nem sempre necessárias, e que possam comprometer o orçamento doméstico para o próximo ano, o melhor a fazer é quitar as dívidas, principalmente aquelas que se tornam grande bola de neve com o passar do tempo, como a dos juros do cheque especial e a do cartão de crédito com débito rotativo.

Para 2015, a previsão é de aumento nas taxas de juros, já que a nova equipe econômica do governo tem como dever de casa equacionar as contas públicas e controlar a inflação. Isso significa que, deixar para quitar as dívidas no próximo ano, provavelmente, não será bom negócio, pois certamente custará muito mais do que se imagina. Vale ressaltar que sempre há possibilidades de renegociação das dívidas pelas lojas e agentes financeiros mediante solicitação de desconto dos juros cobrados, por exemplo.

Na medida em que cada inadimplente usar o dinheiro do 13º salário para quitar dívidas, impactos positivos na nossa economia serão gerados, pois estará colaborando para a redução das taxas de juros e atração de novos investimentos, criando emprego e renda.

Assim, antes de tomar qualquer decisão de compra, as famílias devem colocar no papel todas as despesas, principalmente os itens de elevado valor agregado que pretendem adquirir, todos os gastos que terão que enfrentar até março do próximo ano, pelo menos, quando geralmente acabam os tradicionais pagamentos de início de ano. Neste momento, é importante se lembrar dos pagamentos extras como matrícula em escolas, material e uniforme escolar, impostos como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), entre outros. Portanto, a decisão de reformar a casa e comprar bens duráveis, por exemplo, apesar de sempre tentadora, deve levar em conta os preços dos produtos e dos serviços, e as condições de pagamento, principalmente a incidência de juros elevados nos financiamentos.

O consumidor deve avaliar sempre as condições de financiamento e pagamento, além do orçamento familiar, antes de sair gastando por impulso, observando tão somente o valor da parcela que caberá no bolso. Assim, é preciso avaliar a somatória das parcelas que já comprometem a renda familiar antes de adquirir mais uma, ainda que seja de pequeno valor.

POUPANÇA - Além disso, é sempre bom criar e cultivar o hábito de poupar uma parcela da renda, e isso também vale para o 13º salário. A poupança desempenha papel fundamental em uma economia que tem pretensões de crescimento, pois, sem ela, os financiamentos de novos investimentos ficam prejudicados.
 




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