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Portugal: delícias de Porto

Terra do vinho aguça os sentidos com sabores próprios e cenários encantadores

Luiz Carlos Fernandes
Do Diário do Grande ABC
13/06/2019 | 07:11
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“Vinho bom é o taça cheia, sem gravata.” Essa é a definição do morador simples do Porto (a segunda maior cidade de Portugal e a capital da região Norte do país), aquele que nos bares, em companhia de outros, aprecia uma taça cheia assistindo pela TV ao time FC do Porto jogar.

Vinho e futebol são duas paixões evidentes do português, com certeza pela qualidade do vinho e a categoria de Cristiano Ronaldo, craque da seleção de Portugal nascido na Ilha da Madeira, e que hoje joga pela Juventus, da Itália.

Morador do Porto que se preze não pode torcer pelo Benfica (Sport Lisboa e Benfica é um clube sediado na freguesia de São Domingos de Benfica, em Lisboa), atual campeão português. A rivalidade é grande e nessa disputa entre Lisboa e Porto fica difícil saber qual é o melhor. Fácil é escolher entre os diversos vinhos da região do Douro – que também dá nome a rio que ladeia a cidade –, são muito bons e não precisa ser nenhum sommelier para acertar na escolha.

A cidade do Porto é conhecida mundialmente pelos seus vinhos, pela qualidade dos restaurantes e sua gastronomia. Além do bacalhau, há enorme variedade de peixes, tudo regado com o autêntico azeite português. Há, ainda, a Francesinha, prato típico da região, feito com pão de forma, bife, fatias de queijo e presunto, salsicha, outra fatia de pão, ovo, a linguiça e queijo derretido por molho quente de tomate ao ser despejado. Trata-se de lugar único, com cultura e sabores próprios e inesquecíveis. Embarque nesta viagem.


Melhores vistas se tem do alto da Torre dos Clérigos e de Gaia

A vista da cidade do alto da Torre dos Clérigos é magnífica, tão bela quanto a imagem da cidade apreciada pelo lado de Gaia, do outro lado do Rio Douro. O rio separa os dois municípios, ligados pelas pontes magníficas, entre elas uma projetada por Alexandre Gustave Eiffel, o mesmo que projetou a Torre Eiffel.

O turista que visita Porto não pode deixar de conhecer as cavas de vinho do Porto (lugar onde são armazenados para envelhecimento do precioso líquido extraído das uvas provenientes da região do Douro). Mas para ir até elas, é preciso atravessar a ponte, porque, curiosamente, as cavas ficam do lado de Gaia (Vila Nova de Gaia), às margens do rio – o que se deve ao posicionamento do sol, que favorece o armazenamento da bebida típica.

O vinho do Porto, que tem séculos de história, é diferente dos demais vinhos, porque o processo de fermentação não se completa, sendo interrompido numa fase inicial. Dois ou três dias depois de seu início, o açúcar natural das uvas não se transforma completamente em álcool, e a ele é acrescentado o aguardente de uva, por isso o vinho do Porto é naturalmente doce e mais forte do que as outras variedades do líquido. Seu teor alcoólico, para se ter ideia, varia 19 graus e 22 graus, enquanto que um seco tradicional gira em torno de 13 graus.

Consideram-se três tipos de vinhos do Porto: branco, tawny e ruby. Os vinhos envelhecidos, de 30 a 50 anos, aconselha-se consumir em 48 horas depois de abertos.

Porto, que deu origem ao nome de Portugal (Portus Cale) 200 anos antes de Cristo, e, hoje, conta com cerca de 238 mil habitantes, aguça o paladar e, principalmente, a visão, por sua beleza e seu encanto. O centro histórico, classificado como patrimônio mundial pela Unesco desde 1996, ajudou a cidade a alçar, em 2017, o título de melhor lugar da Europa para se visitar. Para qualquer canto que caminhar, o turista fotografa verdadeiros cartões-postais, esculturas espetaculares, como a de D. Pedro IV (o nosso D. Pedro I) na Praça da Liberdade, a famosa Torre dos Clérigos, igreja bela por fora e por dentro que oferece a opção de subir em seu pico para apreciar a cidade do alto por 5 euros (com o euro turismo cotado a R$ 4,53, a entrada sai por R$ 22,65).

Por todo o município há esculturas dos cartuns vencedores do PortoCartoon de várias edições do concurso espalhadas. São desenhos premiados, transformados em 3D, que incrementam as opções culturais do local.

Próximo da Torre dos Clérigos, multidão e enorme fila se forma para entrar na famosa Livraria Lello, pagando 5 euros, quantia abatida na compra de um livro. O local, que completou 113 anos, ficou famoso depois de servir de inspiração para J.K. Rowling escrever a saga de Harry Potter. Pessoas de diversas nacionalidades, entre elas muitos brasileiros que recentemente descobriram Portugal, circulam por ali. Difícil acreditar que até 2011 Porto passava por forte crise econômica e era praticamente deserta. Uma vez descoberta, hoje a cidade pulsa com o movimentado comércio.  

(O jornalista-ilustrador viajou a convite do Museu Nacional da Imprensa de Portugal)


Guia de viagem

COMO IR

Existem passagens aéreas com voos diretos para Porto, a exemplo de serviço oferecido pela TAP, por R$ 4.164, ou com escala, como pela KLM, por R$ 2.625, de 12 a 19 de outubro. Outra possibilidade é ir para Lisboa e, de lá, alugar um carro e percorrer os 300 quilômetros que separam a Capital portuguesa de Porto. Pacote que inclui voo e hospedagem em hostel com quarto compartilhado, por nove noites, de 21 a 31 de outubro, sai por R$ 3.670 no Decolar.com.

O QUE FAZER

O Museu Nacional da Imprensa fica às margens do Rio Douro, próximo à Ponte do Freixo. O visitante poderá imprimir como antigamente uma página de livro, numa máquina antiga de prelo. São vários os equipamentos antigos em exposição permanente. Ali está, por exemplo, o que imprimiu o primeiro jornal. A entrada custa 1,50 euro (R$ 6,79).

A Torre dos Clérigos é um dos pontos turísticos mais famosos do Porto. Construção de granito com 75 metros de altura e 240 degraus que conduzem o visitante do térreo ao topo, de onde se tem belíssima vista panorâmica da cidade e também de Vila Nova de Gaia. Entrada custa 5 euros (R$ 22,65).

A Livraria Lello, que completou 113 anos e ficou famosa depois de servir de inspiração para J.K. Rowling escrever a saga de Harry Potter, cobra 5 euros de entrada (R$ 22,65), quantia abatida na compra de um livro.  




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