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Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024

Presente de fim de ano: alerta às regras
Do Diário do Grande ABC
19/12/2017 | 09:04
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Artigo

A troca de presentes e entretenimento podem fortalecer relações comerciais, mas, por outro lado, o envio de regalos e divertimentos, como jantares e idas a shows ou peças teatrais, podem criar, ou aparentar, influências inadequadas no ambiente de trabalho. Todo cuidado é pouco ao receber mimos de parceiro ou fornecedor, prática muito comum que ocorre agora, principalmente, durante festas de fim de ano. Tudo porque o recebimento de gratificações tem grandes chances de ser visto como propina, capaz de manchar a reputação e destoar as disposições do código de normas e condutas éticas da companhia. É importante ressaltar que itens promocionais de baixo valor, que normalmente possuem a logomarca da empresa, não se encaixam na categoria de gratificação indevida. Aqui é falado de presentes de alto valor, que superam os R$ 150 e que podem influenciar a objetividade do presenteado quando for tomar decisão comercial.

Alguns cuidados podem (e devem) ser tomados para que as empresas sigam suas regras de ética e compliance sem apresentar grosseria no momento do recebimento do presente em face ao período de festividades.

1 – Reforce com todos os colaboradores as políticas de oferta e recebimento de gratificações estabelecidas pela sua empresa. Delimite preço para os presentes a serem recebidos. Por exemplo, itens acima de R$ 100 já são considerados fora do padrão de item promocional de baixo valor;

2 – Proponha conversas sobre o porquê dos presentes. Faça reflexões com a equipe a fim de identificar qual a motivação de quem presenteia. Interesse comercial ou apenas ato de agradecimento por mais um ano de parceria?

3 – Deixe claro que mesmo que o profissional acredite ser isento ou não influenciável pelo recebimento da gratificação, somos seres humanos. Não existe neutralidade total nas relações interpessoais. Sempre algum viés ou vínculo é estabelecido com a ação;

4 – Sabemos que a alta direção, em alguns casos, recebe presentes como forma de reforçar vínculos estratégicos para a organização, mas estes também devem seguir as políticas estabelecidas. Lembre-se: o exemplo vem de cima. Ao receberem os presentes é preciso, de forma explicita, que sejam cumpridos os procedimentos padrão, deixando clara a importância que esta prática tem para a empresa;

5 – Valorize os profissionais que agirem da forma certa. As pessoas podem sentir que estão perdendo algo ao negarem presente ou entregarem o item para a área responsável. Demonstre ao colaborador a importância de cumprir as normas éticas da organização e fortaleça a conduta do funcionário para as outras pessoas da empresa.

Antonio Carlos Hencsey é líder de prática de ética e compliance da consultoria Protiviti.

Palavra do leitor

Boas-Festas
O Diário recebe e retribui votos de Boas-Festas a Febraban (Federação Brasileira de Bancos); Oficina de Comunicação Integrada; Bianca Rossoni; Ivania Monfort; Fran Oliveira; José Eduardo Zago; Helenice Rocha Zago; Zago Terapias Alternativas; AD Comunicação & Marketing; Ana Davini; Mituo Teramae; Tania Tavares; Centro de Memória; Elexina Neri; Manesco Sociedade de Advogados; Maison Tecidos e Equipe; Ana Maria Tomazoni; Hermes Tomazoni; Tucca – Associação para Crianças e Adolescentes Carentes com Câncer; Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo); Valter Moura.

Privatização
Sou um dos milhares de descendentes do degredado, aventureiro e promíscuo João Ramalho (1493-1680) com a nativa Bartira. Isso posto, no Cemitério-Museu de Vila Euclides, em São Bernardo, tenho entes queridos sepultados em 22 jazigos. Sou zelador de quatro jazigos, um no anexo reservado à Irmandade do Santíssimo Sacramento. Então, pergunto ao alcaide ‘batateiro’: com a privatização dos sepulcrários, como fica a questão dos direitos adquiridos dos descendentes dos ‘batateiros’, que deixaram marcas indeléveis entre nós, que têm jazigos perpétuos no ‘campo santo’? – como dizia minha saudosa mãe, senhora Matilde Pinheiro de Oliveira (1923-2008)? Saudações sepulcrais.
João Paulo de Oliveira
Diadema

Desabafo natalino
Caros ministros do Supremo, senadores, deputados, presidente e políticos em geral. Desejo a todos que neste Natal o peru de sua ceia esteja salgado e seco, que o champanhe Veuve Clicquot esteja quente e sem gás, que o seu whisky 25 anos seja falsificado e que a todo momento chegue um parente dizendo aquela frase: ‘É pavê ou ‘pacomê’?”.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Ensino religioso
Fui educada na religião presbiteriana, em época em que 99% dos brasileiros eram católicos. Não preciso dizer que, além de sofrer bullying, eu era obrigada por minha mãe a sair da classe durante a aula de catecismo. Hoje, milhares de religiões se apresentam no País, que vão desde umbandistas, evangélicos, judaicos, budistas etc. Gostaria de saber como pretendem obrigar que as escolas públicas tenham no currículo escolar ‘ensino religioso’. Quantos deverão sair da classe de aula durante o ensino de religião diferente da sua? Sou mais pela volta da antiga matéria Educação Moral e Cívica, que, na realidade, lecionava todos os principais ensinamentos religiosos. Respeito ao próximo como a si mesmo. O que vimos no Rio de Janeiro semana passada com torcedores invadindo loucamente o Maracanã mostrou o que mais falta nas escolas de hoje em dia: respeito pelas leis, pelo próximo, pelo patrimônio alheio e, por fim, cidadania. Religião cada família que cuide da sua (dela).
Beatriz Campos
Capital

Incitação
Até quando as autoridades vão permitir que condenado conclame a cambada para um dia de fúria. Tem sim, por questão de ordem, conter essa corja, por se tratar de terrorismo puro.
Nelson Mendes
São Bernardo

Lentidão do STF
Por mais que estranhemos a lentidão do STF (Supremo Tribunal Federal), os digníssimos ministros não movem uma palha para mostrar serviço. Isso configura prêmio aos réus com foro privilegiado. De nada adianta a primeira instância sentenciar os réus, o TRF-4 julgar os processos alterando as penas, se no STF os processos e as decisões não andam. Claro exemplo de que aqueles que têm foro privilegiado estão protegidos. Enquanto a sociedade aguarda como será a decisão do Supremo em caso da Lava Jato, consuma-se a estratégia, os ministros sentaram sobre os processos torcendo pelo seu esquecimento, prescrição e pela possibilidade de os réus mudarem seus status nas próximas eleições. Só pode. Com a palavra o relator, Edson Fachin, que prometeu celeridade nos processos.
Izabel Avallone
Capital

Penduricalhos
Sem dúvida alguma que é humilhação para nós, brasileiros, essa orgia dos penduricalhos que recebem magistrados deste País, como do auxílio-moradia, auxílio-saúde, auxílio-alimentação, pagos por 26 tribunais estaduais de Justiça! São 13.185 juízes – dos 26 Estados da Federação, que recebem, em média, o excelente salário de R$ 28 mil – nada preocupados em burlar o teto constitucional de seus vencimentos, e mandando às favas em nosso País 52,2 milhões de pessoas pobres. E ainda sugam por ano de recursos dos contribuintes R$ 890 milhões. E essa orgia sem limites não tem fim. Estamos moralmente falidos.
Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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