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Ford vai prorrogar PPE por três meses
Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
29/06/2016 | 07:00
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Trabalhadores da Ford aprovaram na manhã de ontem acordo com a montadora que visa a manutenção dos postos de trabalho na fábrica de São Bernardo. A principal cláusula é a prorrogação do PPE (Programa de Proteção ao Emprego), que acabaria no dia 30, por mais três meses para cerca de 2.300 funcionários horistas.

Para os empregados mensalistas, o programa – que foi lançado pelo governo federal no ano passado e que permite ao empregador a redução temporária de até 30% dos salários e da jornada de trabalho – não será renovado. Aproximadamente 1.000 pessoas estão nesse grupo.

Até outubro, todos os funcionários da produção passarão por treinamento para otimizar a atividade fabril, de modo que todos os operários serão capacitados para atuar tanto na linha de montagem de caminhões quanto de veículos de passeio. A modificação permitirá que a companhia trabalhe alternadamente, por exemplo: dois dias da semana dedicados exclusivamente para a fabricação de caminhões e outros três para os automóveis.

Quando a modificação estiver implementada, a montadora calcula que haverá excedente em torno de 450 funcionários, que serão colocados em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho). Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, outros 300 empregados estão nesse regime há cerca de um ano.

Para eliminar completamente a mão de obra excedente – avaliada em 850 operários – a empresa irá abrir PDV (Programa de Demissões Voluntárias) no próximo mês. As condições para adesão ainda não foram informadas.

Dessa maneira, os funcionários que permanecerem na empresa terão estabilidade até 2018, informa o sindicato. “Conseguimos encontrar uma saída para enfrentar esse momento de crise durante esse período de quase dois anos, em que a previsão é a de que a produção fique muito abaixo da capacidade instalada da fábrica de São Bernardo”, comenta Marques.

O sindicalista garante que, a partir do ano que vem, irá colaborar com as negociações com a matriz da Ford – nos Estados Unidos – para que novos modelos passem a ser produzidos na unidade do Grande ABC, que, hoje, conta com aproximadamente 3.700 trabalhadores, contando com os setores administrativos. 




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