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Prefeitura e MTST não chegam a acordo sobre ocupação
Do Diário OnLine
13/09/2017 | 15:55
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Wagner Candido/Divulgação


Atualizada às 19h17

Uma comissão de lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) conversou, nesta quarta-feira, com os secretários de Assuntos Jurídicos, José Carlos Pagliuca, e o de Segurança Urbana, Carlos Alberto dos Santos, de São Bernardo, mas não houve acordo entre o movimento e o Paço sobre o terreno ocupado no bairro Assunção desde o dia 2. 

Uma reunião de conciliação foi marcada para esta sexta-feira no fórum da cidade entre representantes do MTST e o proprietário do terreno, localizado na Rua João Augusto de Souza. Até lá ficou acordado que não haverá reintegração de posse. A ocupação, que ganhou o nome Povo Sem Medo, já conta com 3.500 famílias. 

Durante a tarde, entre 3 e 4 mil pessoas se deslocaram da ocupação até o Paço Municipal, onde chegaram às 16h20. O líder do movimento, Guilherme Boulos, acompanhou o ato e participou da reunião com os secretários. Segundo ele, foi pedida uma conversa com o prefeito Orlando Morando (PSDB), mas o Executivo não estava no Paço. "A postura da Prefeitura de São Bernardo foi mais uma vez irresponsável e inconsequente. Não teve proposta concreta e fica evidente que o Paço está apostando em conflito. A Prefeitura, que não quer diálogo nem negociação, não entendeu a gravidade do caso, e vai pagar o preço e sofrer as consequências. O MTST vai fazer novas mobilizações nos próximos dias."

Uma nova manifestação está marcada para a manhã desta sexta-feira. Mas o movimento, no entanto, não revelou qual será a trajetória do protesto.

Durante o ato, a GCM (Guarda Civil Municipal) montou uma barreira no saguão de entrada do estacionamento da Prefeitura e funcionários da Câmara foram dispensados. Seis viaturas da Força Tática da Polícia Militar também estiveram no local. 

Por meio de nota, a Prefeitura reafirmou sua política habitacional implantada desde janeiro, que obedece ao número de 1.980 famílias cadastradas e que recebem o Bolsa Aluguel. "O município não concorda com este modelo de invasão por moradia, que vai contra a sua política, reforçando que muitos das pessoas do terreno não são moradores de São Bernardo." (Com informações de Daniel Tossato)




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