O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), afirmou que antigos dirigentes do PMDB municipal atuarão como “conselheiros” do governo. Recentemente, foram nomeados ao Paço o ex-presidente da legenda na cidade Nilo Figueiredo, o ex-deputado estadual Floriano Leandrini e outros integrantes da velha guarda do PMDB são-caetanense que tentaram barrar o ingresso de Pinheiro à sigla, em 2011.

O chefe do Executivo minimizou as divergências e enalteceu a trajetória política dos correligionários. Aos 85 anos, Nilo ocupará a função de assessor de Gabinete, com salário mensal de R$ 3.000. Ele também foi vereador por cinco mandatos (entre 1957 e 1993). “Com tempo que eles têm de vida política a gente pode pedir um conselho, alguma orientação. Acho que todo partido deve pensar assim. Se alguém quer vir para somar, você deve agasalhar”, disse o prefeito.

A contratação dos correligionários teve como missão findar de vez a disputa judicial que se arrastava desde que o diretório estadual do partido, sob o comando do deputado estadual Baleia Rossi, dissolveu o comando municipal para abrigar a candidatura de Pinheiro ao Paço, há quase três anos.

“Eles também são peemedebistas, mais ainda do que eu porque estão há mais tempo filiados ao PMDB. O que existia era interesse deles (em continuar apoiando o então governo em vez de apostar na candidatura de Pinheiro). Mas, se eles quisessem ver o partido crescer, tinham de se juntar conosco, independentemente do passado”, frisou o prefeito durante entrevista coletiva concedida ontem para divulgação do calendário festivo do 137º aniversário da cidade.

A reaproximação do governo com antigos adversários também teve como objetivo a unidade na legenda em benefício das candidaturas de Robinson Castropil (PMDB) à Assembleia Legislativa e do presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), ao governo do Estado.

Além de Nilo e Floriano, os militantes José Sacucci Filho, José Miranda Filho, José Bezerra Galvão Sobrinho e José Evangelista de Faria estão lotados nas Pastas de Saúde e de Gabinete, com remuneração média mensal de R$ 5.000. Os peemedebistas impetraram diversas ações judiciais para tentar anular a filiação de Pinheiro ao PMDB e, consequentemente, sua eleição ao Paço.