“Sempre procure ficar ao lado da bola, nunca de frente, já que neste caso o goleiro terá maiores facilidades para executar a defesa”.

Regra nº 1 dos 10 mandamentos de como cobrar faltas, Diário, 28-8-1988, em entrevista do craque Roberto Rivellino ao jornalista Wilson Moço.

- Foi há 30 anos, no vale do Córrego Saracantan, no espaço da antiga indústria Koppers, então praça de esportes ‘Polentão’, da família Demarchi. Rivellino, aos 42 anos, foi recepcionado. Divulgou suas escolinhas de futebol. Conversou muito a vontade com os amigos. Contou à reportagem do Diário a origem do drible elástico (ou “Flip Flap”: “levar a bola com o pé, trazer de volta, driblar o adversário pelo lado contrário”.

E confidenciou:

- Por incrível que pareça, aprendi o drible do elástico com o Sérgio Echigo, com quem joguei nos aspirantes do Corinthians em 1964 e 1965 e que atualmente mora no Japão.

- Ele tinha mania de dar esse drible e eu sempre observava. Se ele faz, também posso fazer. Insisti até aprender.

- Sempre disse que o inventor era ele, mas ninguém deu importância.

Riva em casa.

Com seus canários.

Com seus troféus.

Com seus amores

Para ilustrar a entrevista, a reportagem foi ao apartamento de Rivellino, em São Paulo, para novas fotos. O repórter-fotográfico Mauricio Pavan, que o fotografou no ‘Polentão’, foi destacado para a nova matéria. E registrou Riva no seu recanto mais íntimo, ao lado da esposa, filhos, canários e troféus.

São dois ensaios fotográficos muito ricos, recuperados 30 anos depois pelo Banco de Dados e Tratamento de Imagens do Diário.

RIVELLINO E SÃO BERNARDO

O craque havia jogado em São Bernardo 20 anos antes, em 1968, num amistoso do Corinthians frente à Seleção de São Bernardo, no Volkswagen Clube: 3 a 0 para o Timão. Dois anos depois, em 1970, Rivellino se tornaria a ‘Patada Atômica’ na Copa do México, a do tricampeonato.

Já em 1988, longe do futebol profissional, Riva integrava a Seleção Brasileira Seniores, jogava tênis como hobbie, criava canários (ao invés de curiós) e ditava os 10 mandamentos para cobrar faltas, que ganhou arte assinada por Adelmo, na reportagem do Wilson Moço.

30 ANOS DEPOIS

Rivellino é comentarista de televisão. O ‘Polentão’ já não existe mais: deu espaço a um conjunto de condomínio. O goleiro Wilson Moço é o editor-chefe do Diário.

Pelo milagre da Memória, voltamos no tempo e vamos pinçando essas imagens que perpetuam o eterno ‘Reizinho do Parque’, ex-palmeirense, hoje corintiano – e que marcou, batendo pênalti, o primeiro gol na Arena Corinthians, na preliminar do jogo principal.

Diário há 30 anos

Em 13 de setembro de...

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