As pessoas ficam com sono porque é um sinal do corpo de que é necessário parar por certo tempo para que possam repor as muitas energias gastas durante todo o dia. A agitação ao longo das horas que permanecemos acordados mexe com todo nosso organismo e acaba sendo durante o período noturno que descansamos completamente, dando oportunidade para que o desenvolvimento, principalmente na infância, como crescer, ocorra de maneira adequada.

O sono aparece aos poucos e alguns sintomas revelam sua chegada, casos da diminuição da coordenação durante as atividades, das dificuldades de concentração em certos momentos e a alteração na atenção (no momento de leitura, por exemplo, é preciso reler a mesma parte algumas vezes até que se possa realmente entendê-la). Há crianças que conseguem dormir de maneira mais tranquila quando deitam, mas também existe quem demore para ‘apagar’ profundamente. É comum que as crianças mais novas ‘briguem’ contra o ato de deitar e fiquem mais agitadas nessa hora.

Para que o momento do sono fique mais agradável e seja tranquilo, é recomendado que a família crie toda uma ambientação favorável. O melhor horário para que o público infantil deite é antes das 21h. Então, uma hora antes é interessante diminuir o ritmo das atividades em casa, parar de pular e correr, diminuir a quantidade de luz nos cômodos (quartos e sala) e cortar o contato com telas de todos os tipos, como celular, tablet e televisão.

Jovens em idade escolar, na faixa etária entre 7 e 12 anos, devem ter, em média, descanso noturno de dez horas contínuas – possíveis cochilos no meio da tarde não fazem parte da contagem. A quantidade de tempo gasto no sono diminui conforme ficamos mais velho, com adultos precisando dormir cerca de oito horas a cada noite para repor suas energias. 

CURIOSIDADE

O hábito de roncar é natural e também faz parte do sono dos jovens de todas as idades. Segundo pesquisa, 16% das crianças em idade escolar roncam durante seu descanso. Se o barulho for muito, os pais devem procurar pediatras para análise de possíveis complicações

Pergunta de Pedro Henrique da Silva Santos, 9 anos, de São Caetano.

Consultoria da Gustavo Moreira, pediatra do Instituto do Sono da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).