As gafes se acumulam, cometidas por diversas personalidades, que compartilham nas mídias sociais as famosas fake news – notícias fantasiosas que enganam por seu caráter de veracidade. Algumas delas destoam por seu aspecto absurdo. Outras, fantasiam sobre o cenário atual, causando reações. Em qualquer uma de suas formas, elas são versão reformulada da verdade, contravenção sobre o papel do jornalismo, que busca, acima de tudo, representar o real. As mídias sociais viralizam o conteúdo. Em ambiente no qual o debate sobre o que é importante poderia ser ampliado, ele passa a ser distorcido. Versão moderna do uso da mídia para vigiar o meio. E as fake news passam a impactar discussões importantes, como aconteceu com as eleições dos Estados Unidos e o Brexit.
Em ano de eleições no Brasil, espera-se que elas sejam utilizadas como massa de manobra para conquistar votos. A previsão é que sites ‘duvidosos’ publiquem informações inverídicas ou fora de contexto, que depois serão distribuídas como estratégia de manipulação para servir a certos interesses políticos e econômicos. O Senado já se atentou ao assunto e propôs projeto de lei que pretende punir, com até três anos de detenção, aqueles que fizerem a divulgação das fake news. Pode ser começo, mas não se sabe até qual ponto será barreira em País com grande senso de impunidade e a injustiça. Entretanto, o que poucos lembram é que a prática tem oponente tão semelhante em aspecto, mas tão diferente em sua dinâmica: o jornalismo de verdade.
Hoje, os jornais e os portais noticiosos são os grandes combatentes das fake news. Isso se inicia pela sua característica, que é noticiar de forma ética e imparcial. Apesar de ter alterado sua dinâmica por causa da internet, o jornalismo ainda manteve a sua essência, que é trazer apanhado do que acontece de verdade no mundo. E isso tem início no Ensino Superior, quando o jornalista é munido com informações para prática responsável, fugindo de matérias sensacionalistas, mal apuradas e tendenciosas.
Nesse cenário, os meios de comunicação profissionais despontam como o refúgio para visualizar se o que está circulando nas mídias sociais é verdadeiro. Pautados em princípios como a checagem das informações, eles voltaram a ser reconhecidos como fontes críveis para entender a realidade. A guerra contra as fake news ainda está no começo, principalmente quando o termo é utilizado por muita gente quando algo que afronta suas convicções é publicado. Nessa batalha, o jornalismo será arma imprescindível, possibilitando que o público crie suas próprias percepções sobre a realidade, tendo como base um único ingrediente: a verdade.

Luciana Sálvaro é jornalista e assessora de imprensa na empresa Central Press.

PALAVRA DO LEITOR

Por todo País
Tomara que essa intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro, para acabar com a violência, se espalhe por todo meio político do País, para dar basta nessa corrupção desenfreada que tomou conta do Brasil.
Sérgio Antonio Ambrósio
Mauá

Correios
Venho por meio desta coluna agradecer a este Diário pela grata intervenção perante os Correios quanto à falha na entrega de correspondências na Travessa Mario Giorgi, na Vila Pires, em Santo André (Setecidades, dia 16). Acredito que os agradecimentos são meus e de todos os moradores da travessa.
Caio Augusto de Carvalho
Santo André

Mato alto
Quero pedir, por meio deste Diário, que a Prefeitura de São Bernardo faça o serviço de roçagem do mato na praça que fica em frente ao Fórum e onde há o ponto de táxi. Também na continuação da Avenida Kennedy, no sentido para a Avenida Lauro Gomes, atrás dos supermercados Sam’s e Carrefour, a situação é a mesma, mato alto e lixo espalhado. Além disso, há uma família de moradores de rua instalada no local há mais de um mês sem que ninguém sequer ofereça condições de ela sair de lá.
Anderson Gonçalves
São Bernardo

Banheiros quebrados
Lamentável o estado dos banheiros do Parque Raphael Lazzuri, na Avenida Kennedy, em São Bernardo. Portas quebradas, falta de papel e de sabonete e sujeira são presenças constantes nos sanitários. Faço apelo para que o conserto e a manutenção sejam feitos.
Roberto Vieira
São Bernardo

Sem saída
Concordo plenamente com o leitor Turíbio Liberatto (Ineficientes, dia 16), pois aconteceu o mesmo conosco, canseira de sete horas, no sábado, para chegar em Boraceia, no Litoral, e quatro horas na quarta, para retornar a Santo André. Perdemos dinheiro, horas de descanso, divertimento etc do nosso esperado feriado de Carnaval na estrada, com congestionamento.
Deise Rezende
Santo André

Nossa língua
Está difícil encontrar palavra suficientemente insultuosa no nosso idioma que possa expressar verdadeiramente o real significado dessa malcheirosa aliança política entre o ex-presidente Lula e o senhor Renan Calheiros. A procura continua e aceitam-se sugestões!
Luís Fernando Amaral
Laguna (SC)

Só empata! – 1
O Ramalhão não foi capaz de derrubar o Massa Bruta e acabou empatando (1 a 1) em pleno Estádio Bruno Daniel, ontem, pelo Paulistão. Pelo visto, o EC Santo André vai brigar apenas para não cair.
Edson Rodrigues
Santo André

Só empata! – 2
O Santo André empatou de novo! Desta vez contra o Bragantino, ontem, no Brunão, pelo Paulistão. Já é a quinta igualdade em oito jogos! Não ganha de ninguém! Antes do início do campeonato o técnico Sérgio Soares disse que o time iria brigar ‘por algo maior’. O que, por exemplo?
Lucas Rodrigues Alves
Ribeirão Pires

À deriva?
O interventor federal que atuará no Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, declarou com toda a convicção que ‘a situação do Rio é grave, mas não está fora de controle’. Ora, seria interessante perguntar ao general o que ele considera estar ‘sob’ e ‘fora de controle’. Até porque não é preciso ser nenhum gênio para concluir que o Estado já perdeu as rédeas e não é de hoje. Perguntar não ofende!
Maria Elisa Amaral
Capital