Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
>
Palavra do Leitor
Os ingratos não vencerão
Por Do Diário do Grande ABC
20/01/2020 | 09:44
Compartilhar notícia


Sem querer polemizar com ‘A’ ou ‘B’, mas diante do que foi publicado a meu respeito, no fim de 2019 (Política), gostaria de relembrar, para quem não sabe, um pouco da minha atuação em Rio Grande da Serra. Nos anos 1980 me filiei ao PT, em pleno período ditatorial, e exerci as funções de secretário-geral e presidente do diretório municipal. Nos notabilizamos naquele período como oposição aos governos das famílias Teixeira (PMDB/PSDB) e Franco (PTB), no qual, em uma das lutas, conseguimos, com o envolvimento da sociedade civil, impedir o aumento abusivo do IPTU.


Já nos anos 1990, exerci mandato de vereador, em momento extremamente conturbado para a cidade, com as mortes dos prefeitos e a convocação de eleições atípicas em 1998. Foram anos terríveis, com caos administrativo, descontrole nas contas públicas do município, carência e muita incompetência nos serviços prestados pela Prefeitura, desencadeando clima generalizado de baixa autoestima na população. Foi diante desta situação que assumi o cargo de prefeito de Rio Grande. De julho a dezembro de 2000, em mandato-tampão, e depois, de janeiro de 2001 a dezembro de 2004. A mim caberia, portanto, o ônus (gigantesco) e o bônus (pouquíssimo) de gerir Prefeitura falida e sem crédito na praça.


Ao fim do mandato, saí vivo e de cabeça erguida, deixando contas com fornecedores negociadas, construção da Praça da Bíblia e Teatro Manacá, adesão ao Samu regional e funcionamento de programa Saúde da Família, obras de infraestrutura com calçamento de mais de 40 ruas e da Travessa Brasilino, ligação para pedestres da estação da CPTM aos bairros Vila Conde, Recanto das Flores, Vila Ota e Vila Suzuki, além de ser o primeiro prefeito da cidade a ocupar a presidência do Consórcio Intermunicipal, em 2001.


O mandato transcorreu sem bonança econômica, sem governo federal que investia nas cidades, e ainda por cima com má vontade do governo do Estado, ou seja, tivemos que atravessar deserto árido apenas com o que vinha do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Os meus sucessores não tiveram que passar por isso, ainda bem. Lamento não poder ter sido prefeito durante os governos Lula e Dilma e seus mecanismos de gestão voltados aos municípios, o Ministério das Cidades e o PAC Mobilidade, com investimentos jamais vistos na história de Rio Grande. Se não fiz mais, não foi por falta de vontade e empenho, mas, sim, pelas terríveis conjunturas já relacionadas.


Por fim, proponho aos candidatos a prefeito neste ano que debatam o futuro, que apontem as suas propostas para o curto, médio e longo prazos, e na condição de morador me ponho ao diálogo construtivo e para o bom combate.

Ramon Velásquez foi prefeito de Rio Grande da Serra de 7/2000 a 12/2004.

Carnaval – 1
Outro dia li neste Diário que a Prefeitura de São Bernardo gasta R$ 80 milhões com a Câmara da cidade – leia-se, com 28 vereadores e seus assessores, verdadeiro cabidão de empregos, valor muito acima do destinado a outras áreas, que deveriam ser prioritárias (Política, dia 10). E, agora, leio que a cidade não tem dinheiro para dar ao povo a alegria dos desfiles de Carnaval (Setecidades, dia 11), a exemplo de outras administrações municipais do Grande ABC. Será que não daria para acabar com essa farra que é salário absurdo a vereador e reservar uma parte dessa grana para proporcionar a Folia na cidade? Será que a Prefeitura não pode deixar de mandar servidor ‘passear’ em Nova York e ajudar as escolas de samba? Quando será que a população vai lembrar desses contrassensos cometidos por aqueles que colocamos no poder para nos representar e dar o troco nas urnas? Passou da hora de nos vingarmos dos que aí estão.
Luiz Carlos Wagner
Santo André

Carnaval – 2
Acho razoável as prefeituras da região não permitirem os desfiles de Carnaval. Aliás, se for para fazer da maneira como são feitos, que nunca mais aconteçam. É muita bagunça, trânsito, som muito alto – incomodando moradores vizinhos aos locais onde acontecem até a madrugada –, carros malfeitos, feios, fantasias pobres, poucos passistas, baterias sem ritmo, desorganizados, enfim, verdadeiro show de horrores. Serei favorável à festa quando for unificada na região, com maior número de componentes, em um único lugar, com escolas boas. Que haja descenso por desfiles ruins, e que outras subam de divisão inferior, para que haja competitividade e, consequentemente, mais capricho dos organizadores. Gostaria muito de ver o Carnaval do Grande ABC único, e não de cada cidade separadamente. Senhores, por favor, pensem nisso. Não deixem o Carnaval da região, já quase morto, ser enterrado de vez.
Samuel Vilafran Costa
Mauá

Balsa paga?
Evidentemente que não dá para acreditar que não haverá cobrança de tarifa na Balsa João Basso, que faz a travessia em São Bernardo (Setecidades, dia 15). Toda forma de tirar dinheiro da população é sempre muito explorada pelos que estão no poder. Quem não se lembra quando o ex-governador Geraldo Alckmin disse que não haveria cobrança de pedágio no Rodoanel Mário Covas? Posso até prever que a tarifa irá começar com valor ‘simbólico’ (eles dirão), e aumentará com o passar do tempo, até que o usuário não mais reclame, que é tudo que eles querem. Sugiro que a população do pós-balsa – e todas as outras pessoas que usam esse meio de transporte – se mobilize desde já para que não haja mais esse assalto ao bolso do trabalhador. Se o povo usasse com sabedoria o poder que tem este País seria mais justo e não haveria a maioria dos políticos que hoje ‘reinam’ no Grande ABC. Mas não! O povo prefere se calar e esperar pelo desfecho dos acontecimentos. Lamentável!
Adão Mariano Marão
Diadema

Na cor azul
Diante da reportagem veiculada neste Diário (Setecidades, dia 16) sobre a escolha de cor das faixas compartilhadas instaladas na cidade – publicada sem a resposta desta administração – exigimos retratação da afirmação de que a Prefeitura não teria se posicionado e a publicação da resposta enviada ainda na quinta-feira, dia 16.

Nota da Redação – O Diário mantém as informações.

Cerveja
Mesmo com certo atraso, o Ministério da Agricultura determinou o recolhimento de todas as cervejas e chopes fabricados pela Backer desde outubro do ano passado, e suspensão, comercialização e fabricação dos produtos da marca. A cervejaria vem sendo investigada pelas autoridades de segurança e saúde de Minas Gerais, que apuram a relação entre contaminação de cerveja da marca e a síndrome nefroneural, que supostamente já provocou a morte de quatro pessoas e que levou ao menos outras 16 para hospitais desde o início do ano. É fato que o problema lançou atenção da população sobre a questão de segurança alimentar. A cerveja apresentou em sua composição substância que, se ingerida, causa problemas de saúde. A polícia informa que o laudo é conclusivo. A ocorrência traz à tona a importância de se ter controle no processo produtivo em todas as operações realizadas dentro das indústrias de alimentos e bebidas.
Turíbio Liberatto
São Caetano

Estranho!
O chefe da Secretaria Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, tem 95% de participação na FW Comunicação. Até aí, tudo bem. O problema é que ele é quem define gastos com publicidade do governo de Bolsonaro e a companhia dele tem contrato com pelo menos cinco empresas que recebem verba da gestão do ‘Bozo’. Ele já teve dezenas de encontros com cliente e ex-clientes de sua firma, tudo isso depois que assumiu a função. Ao invés de afastá-lo, pelo menos até que se apurem os fatos, Bolsonaro disse que ele é ‘excelente profissional’. Só falta ele dizer que não sabia dessa trama.
Osiel Tibério Gualdabem
Rio Grande da Serra

Trágico
O ser humano foi criado pela providência com duas extremidades de igual serventia: braços e mãos direitos e esquerdos. Inadvertidamente o homem, no seu dia a dia, só percebe a utilidade de cada um deles quando os perde. Assim também deveria haver convivência de utilidade mútua entre as diversas formas de pensamento.
Ruben J. Moreira
São Caetano

As cartas para esta seção devem ser encaminhadas pelos Correios (Rua Catequese, 562, bairro Jardim, Santo André, CEP 09090-900) ou por e-mail (palavradoleitor@dgabc.com.br). Necessário que sejam indicados nome e endereço completos e telefone para contato. Não serão publicadas ofensas pessoais. Os assuntos devem versar sobre temas abordados pelo jornal. O Diário se reserva o direito de publicar somente trechos dos textos. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.