Nova executiva do PSB de Diadema, que está sob coordenação do secretário de Educação do governo do prefeito Lauro Michels (PV), Marcos Michels, pressiona desfiliação do vereador Célio Boi (PSB). A cúpula socialista esperava pelo pedido de baixa ontem, no último dia da abertura de janela partidária. Conforme Legislação, políticos que exercem mandato tinham até ontem para se desfiliar de suas legendas. O ingresso ao novo partido pode ser feito até 2 de abril – seis meses antes do pleito eleitoral.

Comenta-se que Célio Boi decidiu por permanecer na legenda, mesmo com orientação contrária de Marcos, tentando se respaldar em prestígio na executiva estadual, que é presidida pelo vice-governador Márcio França. A resistência do parlamentar, porém, tem congelado o plano do primo de Lauro de inflar o partido com pré-candidatos a vereador. Os novos nomes têm reclamado da presença de Célio Boi no diretório.

O ainda vereador socialista, único da legenda em Diadema, já anunciou publicamente que vai apoiar o projeto de candidatura ao Paço do vereador Vaguinho do Conselho (PRB), ex-colega de partido. Os socialistas estarão no arco de aliados de Lauro, depois de novela que se arrastou por meses.

No começo do ano passado, o PSB rompeu com a base de sustentação de Lauro, anunciando projeto solo ao Executivo, destacando Vaguinho como líder da empreitada. Meses depois, o presidente da sigla na época, Manoel José da Silva, o Adelson, recuou da decisão e voltou anunciar que o partido caminharia com o verde. O fato instaurou racha na legenda socialista, com Célio Boi e Vaguinho tentando sustentar candidatura própria. Depois de meses de embate, Adelson expulsou Vaguinho, que migrou para o PRB e se lançou à corrida pelo Executivo. Célio Boi se manteve na sigla e tentou reatar com o ex-colega, mas não obteve êxito.

A executiva estadual do PSB, após certo mistério, definiu por adesão à pré-candidatura de Lauro, alçando Marcos à presidência municipal.

De acordo com informações extraoficiais, o titular da Educação de Lauro cogita expulsão do parlamentar, embora tenha admitido a filiados mais próximos que não se sentiria à vontade com a decisão.

O arco de aliados de Lauro, até o momento, conta a participação de partidos como o PSDB, PPS, PRP, DEM, PR, PSC e PCdoB.

Os tucanos são os detentores da vaga de vice, que provavelmente será ocupada pela ex-prefeiturável e ex-vereadora Maridite Cristóvão. Já as demais legendas articulam estratégia para formalizar coligações proporcionais.

Procurados, Marcos e Célio Boi não foram localizados para comentar o assunto.