Economia Titulo 1º semestre
Pedidos de recuperação judicial na capital paulista caem 36,4% no 1º semestre
03/08/2017 | 17:24
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Os pedidos de recuperação judicial por empresas na cidade de São Paulo sofreram um recuo de 36,4% no primeiro semestre de 2017 em comparação ao volume registrado em igual período do ano passado, revela um estudo da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), elaborado a partir de dados da Boa Vista SCPC. Nos seis primeiros meses deste ano, foram registrados 56 pedidos de recuperação judicial, enquanto, no período equivalente de 2016, o número chegou a 88.

Os setores de Comércio e Indústria, conforme o levantamento, apresentaram um recuo dos pedidos de recuperação maior do que a média, chegando a 64,7% e 44,4%, respectivamente. Por outro lado, o setor de serviços apresentou alta expressiva de 47,4%.

Enquanto isso, os pedidos de falência tiveram queda de 11,8% na mesma base de comparação, passando de 212 para 187. "A gestão financeira das companhias está melhor, demonstrando que houve preocupação com a organização das contas, de forma que não assumissem nenhuma grande dívida ou compromisso que não pudesse ser pago. O fluxo de caixa está mais equilibrado", explica, em nota, o presidente da ACSP, Alencar Burti.

Ao decompor os dados de pedido de falência por setor de atividade, foi verificada uma queda de 29% na Indústria; recuo de 10% no Comércio; e alta de 2,7% em Serviços. "Indústria e comércio são setores mais dinâmicos e acompanham mais a melhora da conjuntura. A produção industrial subiu 0,9% no primeiro trimestre e as retrações estão diminuindo na indústria e no varejo", comenta Burti. Já o desempenho do setor de Serviços, explica, reflete a maior dependência em relação à atividade interna.

O alívio na situação financeira das empresas, diz o executivo, contribui com a percepção de que o País começa a sair da "situação de calamidade" pela qual passou nos últimos anos. "Em geral os dados são bons e apontam que a economia está saindo da recessão, mas ainda não podem ser projetados em função do agravamento das crises política e institucional que o País enfrenta", pondera Burti.




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