Prevista para ser entregue no primeiro semestre deste ano, a ampliação e reforma do PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita – que será transformado em UPA (Unidade de Pronto Atendimento) – não tem data para conclusão. Iniciadas em janeiro, as intervenções no local foram interrompidas após quebra de contrato por parte da Milanez Serviços e, no momento, aguardam processo para contratação de outra empresa para finalizar os trabalhos.

Em nota, a Prefeitura informa que as obras permanecerão paralisadas “até que se consiga contratar o próximo colocado no processo licitatório – neste momento, os procedimentos administrativos estão sendo realizados para se contratar o terceiro colocado para conclusão dos serviços. O segundo colocado declinou de assinar contrato para assumir a obra na quinzena passada.” A intervenção na unidade tem custo previsto em torno de R$ 1 milhão.

Localizado no mesmo quarteirão do futuro Hospital da Vila Luzita, que também está com obras paralisadas, conforme o Diário noticiou no sábado, o PA sofre diariamente com a superlotação. O local realiza, em média, 15 mil atendimentos por mês, divididos entre clínica médica (adultos) e pediatria (crianças), e é hoje referência para bairros carentes daquela região. Entretanto, a saturação do sistema tem ocasionado, nos últimos meses, o surgimento de diversos problemas estruturais.

Logo na entrada do equipamento é possível ver vidros quebrados na porta principal, problema que se repete próximo ao atendimento infantil, colocando em risco pacientes que passam por ali.

A falta de fechaduras nas portas é problema comum na unidade. Em diversos consultórios foi possível notar a ausência do item de segurança. Já no espaço destinado ao atendimento de medicação para pacientes adultos, a equipe reportagem do Diário encontrou cadeiras quebradas, além de buracos no teto, deixando à vista parte da tubulação.

“Um descaso total. Antigamente aqui era melhor, mas agora todo o prédio está precário”, relata a dona de casa Luciana Gomes de Araújo, 38 anos. De acordo com a moradora do Jardim Cristiane, a unidade é a mais próxima de sua casa. “O PA é utilizado por todos os moradores do entorno da Vila Luzita, entretanto, falta atenção do poder público.”

Não bastasse os problemas estruturais, cadeiras de rodas também estão em péssimas condições devido à falta de manutenção. “Essa cadeira mesmo que meu pai está usando é perigoso ele cair de tão ruim que está. Está difícil a situação”, comenta a costureira Maria Eunice, 37.

De acordo com a Prefeitura de Santo André, na semana passada as equipes de manutenção da Secretaria de Obras estiveram no local fazendo reparos no telhado e limpeza de calhas. A ação, no entanto, é paliativa, pois as obras de reforma e ampliação sanarão de vez os problemas. Já sobre as questões mais simples, como vidros quebrados e fechaduras, são resolvidas pela própria Secretaria da Saúde, que possui pequena estrutura de manutenção.