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Cena Política
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Cena Política
PT ainda bate cabeça contra bomba-relógio
Fabio Martins
09/03/2019 | 07:12
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A crise institucional no PT, com forte impacto em seu berço político, tem apresentado desdobramentos que ainda podem ressoar nas próximas eleições municipais – o partido perdeu espaço a ponto de ficar sem representatividade majoritária pela primeira vez na história. Em Santo André, onde já venceu em cinco ocasiões, a sigla vem se digladiando desde a empreitada de 2016. O clima de racha se manteve no PED (Processo de Eleições Diretas), a bancada na Câmara não fala a mesma língua e não há unidade para 2020. Ao Diário, o vereador Eduardo Leite (PT) reconheceu a fissura e se colocou à disposição. Muitos militantes compartilharam nas redes sociais as declarações do parlamentar. Ex-secretário adjunto de Governo da gestão de Carlos Grana (PT), Carlos Sanches, o Carlão, criticou no post a condução do atual presidente municipal do PT, José Paulo Nogueira, à frente do diretório. Chamou o dirigente de “inoperante”. “Eu defendo qualquer nome para candidato a prefeito, desde que seja discutido no partido. E até onde eu sei em nenhum momento o partido chamou esta discussão. Uma pena, porque não foi por falta de sugerir ao nosso presidente ‘inoperante’ José Paulo.”

Favas contadas

Há figuras das antigas do PT de Santo André que não acreditam em possível candidatura do vereador de segundo mandato Eduardo Leite à cadeira de prefeito na eleição do ano que vem, conforme ele admitiu em entrevista ao Diário. A avaliação é a de que o parlamentar não se arriscará a entrar em uma disputa majoritária que será um mergulho no escuro, enquanto buscar a reeleição à Câmara é considerado favas contadas. A análise em torno desta situação prospecta que esse pleito ainda não teria panorama favorável para a entrada de Eduardo Leite, apontado no meio político com boa inserção mesmo fora do petismo.

Evitar antecipação

Depois do anúncio do ex-vereador Ailton Lima (PSD) sobre pré-candidatura ao Paço de Santo André para 2020, o que não foi bem digerido pelo grupo do prefeito Paulo Serra (PSDB), interlocutores do governo tentam ‘blindar’ o tucano para evitar desgaste com a antecipação do processo eleitoral. Na visão de boa parte do bloco, a discussão considerada precoce da agenda da empreitada do ano que vem em nada ajuda no andamento da gestão. Até porque, até o momento, nenhum nome do quadro político é apontado internamente como concreto nas urnas.

Nomes de fora

A maior especulação sobre a disputa majoritária andreense se dá em torno de nomes de fora da política, cenário que, hoje, fica impossível prever um resultado. Os saldos do PSL, do presidente Jair Bolsonaro, assim como do Novo, chamados de ‘nanicos’ antes da última eleição, agora, invocaram um acompanhamento passo a passo de possíveis adversários. Panorama visto também em outras cidades da região. Fato é que os feitos alcançados por Bolsonaro, então deputado federal considerado do ‘baixo clero’, e os governadores de Minas Gerais e Rio de Janeiro Romeu Zema (Novo) e Wilson Witzel (PSC), respectivamente, mexeram com a maneira de enxergar campanha.

Fábrica de Sal

O avanço nas tratativas do Sesi com a Prefeitura de Ribeirão Pires, chefiada por Adler Kiko Teixeira (PSB), em relação às intervenções na Fábrica de Sal, será pauta de ofício do vereador Humberto D’Orto, o Amigão (PTC). O requerimento do parlamentar questiona sobre o andamento do projeto, uma vez que o Paço, depois de autorização legislativa no ano passado, doou terreno para o Sesi, tendo como contrapartida a revitalização do equipamento histórico da cidade.


 




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