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Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

Memória
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MEMÓRIA
Um nome para o Teatro Municipal de Santo André
Ademir Médici
26/09/2018 | 07:00
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“Livros na estante, raras emoções aguardando viajante.”
Zhô Bartholini. In: Cabeça Ativa, revista de poesia temática editada em São Vicente pelo casal Cláudia Brino & Vieira Vivo (ano 10, nº 42, set 2018).

A Orquestra Sinfônica de Santo André – divulgou o jornalista Vinícius Castelli (Diário, 19-9-2018) – pretende homenagear o saudoso maestro Flávio Florence propondo o seu nome ao Teatro Municipal de Santo André. Homenagem justa, por tudo o que representou Florence à música universal andreense.

Ocorre que há outra campanha do gênero: homenagear Antonio Chiarelli dando o seu nome ao mesmo Teatro Municipal de Santo André. Um dossiê foi elaborado contando, em especial às novas gerações, a importância de Chiarelli ao movimento teatral de Santo André. Cento e cinquenta assinaturas teriam sido recolhidas. Homenagem justa, por tudo o que representou Chiarelli ao teatro de Santo André.

Ocorre que o Teatro Municipal de Santo André, ao menos oficialmente, já possui nome: Antonio Houaiss. E o que pretende o arquiteto Euclydes Rocco Júnior é alterar o nome: sairia Houaiss e entraria Chiarelli.

De todas as partes, não faltam bons argumentos. De nossa parte, entendemos que outro bom nome seria o do ex-prefeito Fioravante Zampol. Afinal, foi na sua administração que o Teatro Municipal ganhou vida, bem como várias outras obras futuristas, o que levou o jornal O Estado de S. Paulo a chamar Santo André de “a nova Brasília”, e a declarar, em manchete, que o Centro Cívico andreense representava a imagem do futuro (cf. José Marqueiz, edição de 6 de abril de 1978, em pesquisa da Claudia Ferreira).

E temos o professor Antonio Houaiss, autor do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “destacado intelectual brasileiro”.

Pesquisando um pouco mais, outros bons nomes poderiam ser relacionados. Paschoalino Assumpção, por exemplo, fez bela dobradinha com Antonio Chiarelli, este na parte artística, Assumpção na organização administrativa e na construção da memória do teatro andreense, o que inclui o célebre Teatro de Alumínio.

Felizmente, não faltam nomes para batizar este teatro xodó de grandes nomes artísticos nacionais que ali se apresentaram.

E AGORA?
Memória já se pronunciou, lembrando: o Teatro Municipal de São Paulo chama-se Theatro Municipal de São Paulo; idem o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a poucos passos da Biblioteca Nacional; logo, o Teatro Municipal de Santo André deveria continuar a ser Teatro Municipal de Santo André, como o é entre os artistas, frequentadores, imprensa.

Aquela obra maravilhosa é maior do que qualquer nome que se queira dar a ela.

O que fazer? Por que não criar um grande painel – no próprio municipal de Santo André – assinalando, em texto e fotos, tanta gente que participou e participa da história da principal casa cultural da cidade? Seria um recado às futuras gerações contando quem foi Chiarelli, Florence, Zampol, Assumpção...

O momento é de construir. Recuperar o Cine-Teatro Carlos Gomes – este assim batizado desde o início, há mais de século. De revitalizar os demais teatros da cidade. De valorizar os teatros de instituições públicas e privadas. De construir novos teatros e bibliotecas. Os próprios nomes lembrados seriam concordes em valorizar espaços mais do que batizá-los.

Enfim, que nenhuma decisão ‘definitiva’ seja tomada antes de estudos e reflexões.

Diário há 30 anos
Domingo, 25 de setembro de 1988 – ano 31, edição 6867

Paranapiacaba – Abandono é geral. A maior parte das casas se encontra em péssimo estado. Reportagem: Eliane Pereira, com ensaio fotográfico de Fernando Ferreira.
Flagrante – E aparece o arco-íris circular, registrado magistralmente pelo repórter-fotográfico João Colovatti: o chamado halo solar assusta, mas é normal, diz a meteorologia.
Meio Ambiente – A presença da cantora Rita Lee chama atenção, em Riacho Grande, durante manifestação pela despoluição da Represa Billings.
Memória – Manutenção em Paranapiacaba.
Lourenço Diaféria (crônica) – Mistério no viaduto.
Guido Fidelis (crônica) – Apenas um grande susto, nada mais.

Em 26 de setembro de...
1918 – Sepultado no Cemitério da Consolação, aos 81 anos, o corpo do major Manuel José de Oliveira Catta-Preta. Mineiro de Ouro Preto. Vivia em São Paulo e possuía terras no município de São Bernardo, nos distritos de Santo André e Ribeirão Pires.
Catta-Preta era major honorário do Exército e oficial da Ordem da Rosa, título com que foi agraciado por dom Pedro de Alcântara pelos serviços que prestou na guerra do Paraguai. Tomou parte de quase todas as batalhas.
Vereador em São Bernardo na primeira legislatura, de 1892 a 1894, época em que residia em Ribeirão Pires. Doou áreas para a construção do cemitério local. Foi o primeiro juiz de paz da cidade.
Deixa viúva dona Olympia de Guimarães Catta-Preta, nome de rua central em Ribeirão Pires.
Hoje Catta-Preta é nome de bairro em Santo André.
- A gripe espanhola. Diretoria da Saúde Pública comunica que todos os navios procedentes de portos estrangeiros ficam sujeitos a visita sanitária nos portos do Brasil.
- A guerra. Do noticiário do Estadão: novos progressos dos ingleses na frente ocidental.
1953 – Inauguradas as novas instalações da Liga de Futebol de São Bernardo, em edifício próprio na Rua Marechal Deodoro. Até então a Liga se reunia provisoriamente na sede do União FC.

Hoje
-Dia Interamericano das Relações Públicas. Lembra a fundação da Fiarp (Federação Interamericana de Relações Públicas), em 26 de setembro de 1960, na cidade do México.
- Dia Nacional do Surdo

Santos do Dia
-Santa Justina e São Cipriano foram introduzidos por São Beda em seu martirológio e, por meio dos martirológios históricos, passaram para o Martirológio Romano, onde são comemorados no dia 26 de setembro.
- Cosme e Damião
- Elzeário de Sabran
- Bv. Gaspar Stanggassinger

Municípios Brasileiros
Celebram aniversários em 26 de setembro:

- Em São Paulo, Vargem Grande do Sul. Elevado a município em 1921, quando se separa de São João da Boa Vista.
- Em Santa Catarina, Braço do Trombudo, Cerro Negro, Cocal do Sul, Mirim Doce, Monte Carlo, Nova Itaberaba, Passo de Torres, Santa Terezinha e Sul Brasil
- Em Sergipe, Nossa Senhora da Glória
- No Pará, Placas

Celebraram aniversários em 25 de setembro:
- No Rio Grande do Sul, Carlos Barbosa
- Em Goiás, Formoso
- Na Bahia, Itaeté
- No Paraná, Luiziana e Nova Aurora
- No Rio de Janeiro, Mesquita
- No Rio Grande do Norte, Patu
- No Ceará, Reriutaba
- no Acre, Sena Madureira
- No Maranhão, Vitorino Freire

Fonte: IBGE
 




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