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Memória
De todas as cidades para estudar em Santo André
Ademir Medici
06/03/2018 | 07:00
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O Ginásio Santo André entrou em funcionamento em 1939 e entre os seus primeiros alunos, três foram premiados no encerramento daquele ano: Maria Myrths Setti (Braga), medalha de ouro; Célia Caçapava, medalha de prata; e Paulo Chaves, o grande artista plástico de Santo André, medalha de bronze.

A notícia foi publicada pelo semanário O Imparcia, de 23 de dezembro de 1939. O original desta edição faz parte do ecomuseu da saudosa Dona Myrths, em São Bernardo, com cópia enviada por ela à página Memória.

Na mesma edição de O Imparcial há um anúncio do Ginásio Santo André, sob inspeção federal, que oferecia, além do ginásio, os cursos primário, admissão ao ginásio e comercial.

“Os alunos vinham de trem para estudar em Santo André. Alunos de Mauá, Ribeirão Pires e até de Paranapiacaba. Uma dificuldade eram as raras viagens de trem: somente quatro por dia. Era preciso conciliar o horário ferroviário com o período de aulas. De São Bernardo, vários colegas. Vinham em jardineiras, os ônibus de então.”

Cf. Octavio David Filho, Memória, 22-2-2018.

Padre Capra, Senador Flaquer, Américo Brasiliense

Texto: Dr. Nevino Antonio Rocco

Colaborando, li a bela reportagem sobre as escolas de Santo André, anos 1940/1950. Lembrei-me de que, em dezembro de 1947, fiz exame de admissão ao Ginásio Santo André, então localizado na Rua Campos Sales, defronte à Igreja do Carmo. Não pude me matricular por não ter como pagar a matrícula.  À época funcionava também o Externado Padre Capra, na Luiz Pinto Flaquer com Xavier de Toledo. O Padre Capra, hoje Instituto Coração de Jesus, foi criado pelas irmãs salesianas, que chegaram a Santo André em 1927.

Os cursos ginasiais destinavam-se a quem pretendesse cursar uma universidade. A escola do professor Waldemar Mattei, a Senador Flaquer, como escola técnica, formava guarda-livros ou contadores.

GINÁSIO ESTADUAL

Em 1947 foi criado o Ginásio Estadual Américo Brasiliense, instalado provisoriamente no prédio do Grupo Escolar da Rua Senador Flaquer. Fiquei sabendo e prestei novo exame de admissão. Aprovado, ingressei na 1ª série em 1949, já na Avenida Portugal, numa linda mansão que, mais tarde, no começo da década de 1960, foi substituída pelas atuais instalações, inauguradas em 1962 pelo governador Carvalho Pino. 

O Américo Brasiliense, em 1953, passou a oferecer cursos Científico, com ênfase em ciências exatas, e Clássico, ciências sociais, e teve seu nome alterado para colégio estadual. E, quando passou a oferecer também o curso normal, destinado à formação de professores, o nome passou a ser Instituto de Educação Américo Brasiliense, hoje novamente escola estadual.

De fato, os alunos residiam por todo o Grande ABC. Uns chegavam de trem, outros de ônibus, caso nosso de São Bernardo. E muitas vezes fizemos o trajeto a pé, como nos dias de chuva em que os ônibus de João Setti e Etore Tosi não venciam a lama na subida do morro do Fiori, aquele trecho entre o bairro Paulistano e a Vila Gilda. Em 1954, cursava o 2º Colegial Clássico, à noite, e a Avenida Pereira Barreto estava sendo retificada para ganhar a configuração atual.

Até os anos 1940, o último ônibus para São Bernardo deixava Santo André às 21h e, como as aulas na escola do professor Mattei terminavam mais tarde, contou-me o saudoso Laerte Francisco Pinchiari, que usavam bicicleta ou, como no caso do não menos saudoso Waldemar Rocco, cavalo. Dizia que o cavalinho até se abaixava para que ele pudesse montar dadas as suas necessidades especiais.

NASCE O IESA

Lembrei-me que o professor Paulo Sinna, diretor e dono do Ginásio Santo André, depois de criar o curso normal, vendeu a escola ao professor José Lazzarini. A escola deixa a Campos Sales, instalando-se na Rua Bernardino de Campos, esquina com a Rua Delfim Moreira. Iria nascer o Iesa (Instituto de Educação de Santo André). Está ali até hoje, próximo ao Primeiro de Maio FC, ao Tênis Clube e às instalações da EE Américo Brasiliense, as mesmas que o Carvalho Pinto inaugurou em 1962.

NOTAS DA MEMÓRIA

José Lazzarini Junior, professor de Grego e Português, assumiu a direção do Ginásio Santo André em 1954.

Em 1973 nasce o Iesa, nas instalações do Ginásio Santo André, Ensino Superior particular que abriria, pelos anos e décadas seguintes, cerca de 25 cursos.

Em 2000, com a morte do professor Lazzarini, seus filhos, Sérgio e Cecília, o sucederam na direção do órgão.

Em 30 anos desta página Memória, Sérgio Lazzarini nos abasteceu com fotos e informações importantes da instituição, perpetuadas nas páginas do <CF161>Diário</CF>.

Em 2009 o Iesa foi assumido pelo Grupo Educacional Uniesp.

Diário há 30 anos

Domingo, 6 de março de 1988 – ano 30, edição 6694

Manchete – Governo descarta a despoluição da Represa Billings. “É impossível a reversão do Pinheiros”, declara o secretário de Obras do Estado, Oswaldo Leiva, em entrevista a Eurica Sisman.

O julgamento dos prefeitos – Diário ouve 70 moradores de Ribeirão Pires, que dão nota 5,3 à administração do prefeito Valdirio Prisco.

Memória – A serraria dos Sortino.

Em 6 de março de...

1918 – Apuração das eleições federais: Dr. Galeão Carvalhal era o candidato mais votado no 1º distrito, incluindo o Grande ABC, informava o jornal A Gazeta.

Nota – Baiano de nascimento, João Galeão Carvalhal residia em Santos. Ali morreu em 1925, como senador por São Paulo. É nome de escola em Santo André.

A guerra. Do noticiário do Estadão: a incorporação dos vasos de guerra brasileiros às esquadras aliadas na Europa.

1968 – Ribeirão Pires inicia a construção de viadutos sobre a linha férrea: Rodovia Índio Tibiriçá e Ponte Seca.

1973 – Unidos do Taboão conquista o tetracampeonato do Carnaval de rua em São Bernardo.

1988 – Prefeito Walter Braido anuncia que levará ao governador Franco Montoro plano contra as enchentes em São Caetano.


Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 6 de março:

Em São Paulo, Itaporanga

Em Minas Gerais, Diamantina

No Ceará, Horizonte, Jijoca de Jericoacoara e Maracanaú

Fonte: IBGE

Santos do Dia

Rosa de Viterbo

Cônon

Olegário 




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