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Mauá terá espaço de lazer em área de risco no Macuco

Sama constrói parquinho em local onde morreram 4 pessoas vítimas de deslizamento em 2011

Por Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
07/12/2013 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


A Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) está construindo parquinho e um pequeno campo de futebol em área de risco onde quatro pessoas morreram soterradas após deslizamento de terra no morro do Macuco, no Jardim Zaíra, em janeiro de 2011. Na ocasião, a Defesa Civil interditou 23 casas localizadas em solo instável. Os escombros de alguns imóveis desocupados e parcialmente demolidos ainda estão no local, no fim da Rua Lourival Portal da Silva, em espaço bem próximo ao equipamento de lazer que está sendo erguido.

Alguns moradores da comunidade criticam a iniciativa da autarquia municipal. “É um absurdo. Estão jogando nossas crianças em lugar que desabou, onde morreu gente. Não dá para ficar tranquila desse jeito”, reclamou a dona de casa Terezinha Alves dos Santos, 60 anos.

Outros residentes do entorno aprovam o projeto, alegando que a região não possui espaço de lazer infantil. “Aqui não tem lugar para as crianças se divertirem. São muitos meninos e meninas no Macuco, que chegam até a ir para o meio do mato brincar por falta de estrutura. Moro aqui há 20 anos e essa é uma luta antiga. Hoje, conseguimos ter nossa área de lazer”, afirmou o aposentado Glandualdo Santos de Souza, 51.

No local, à beira do morro, já foram colocados três brinquedos de madeira – balança, gangorra e escorregador –, cerca em área que será utilizada como campinho de futebol e pequena cobertura onde haverá torneira com água vinda de bica existente na região. A previsão é que o equipamento seja inaugurado amanhã, dia do aniversário da cidade.

De acordo com o diretor de planejamento e obras da Sama, Paulo Sergio Pereira, as intervenções fazem parte de projeto para recuperação das nascentes da cidade. “No Macuco é isso que estamos fazendo. Estamos realizando a revitalização do olho-d’água e, no entorno, fazemos trabalho de paisagismo e infraestrutura. Também colocamos brinquedos de madeira tratada, ecologicamente corretos, para incentivar a preservação.”

Pereira garantiu que o equipamento não está em ponto de perigo. “Todo processo formalizado pela Sama é comunicado aos órgãos ambientais responsáveis. Sempre tomamos esse cuidado. A área hoje não oferece risco às crianças”, disse o diretor.

A Prefeitura foi procurada para responder se a Defesa Civil liberou obras no local. No entanto, até o fechamento desta edição, não havia se pronunciado sobre o tema.  




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