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Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024

Acelerar as reformas
Do Diário do Grande ABC
02/12/2018 | 14:03
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Artigo

O vasto e multifacetado universo do agronegócio chega ao fim de 2018 vergastado pelas dificuldades que marcaram o cenário deste ano. Desemprego, queda de renda da população, baixo consumo das famílias, elevação de custos dos insumos e greve dos caminhoneiros formaram conjunto de percalços cujos efeitos impactaram todos os segmentos da economia. Da mesma forma, exagerados efeitos midiáticos das operações Carne Fraca e Trapaça devastaram injustamente a reputação de importantes empresas. O setor de alimentos – geralmente o último a sentir os efeitos da crise – não ficou incólume. Produtores e empresários rurais, agroindústrias e indústrias fornecedoras de insumos ao agro – praticamente todos os agentes econômicos fecharão o ano em vermelho.

É verdade que as eleições e a promessa de mudanças e transformações trouxeram novo ânimo ao mercado – e aí reside a essência e a beleza da democracia. Mas também é verdade que, nesse momento, não se manifestou ainda, concretamente, no mercado, qualquer sinal de melhora. As vendas da indústria de alimentos para o Natal, historicamente contratadas em outubro e até a primeira quinzena de novembro, decepcionaram.

Somente programa crível de ajustes viabilizará o crescimento da economia brasileira. Inescapavelmente, o primeiro e mais vigoroso movimento deve se dar na reforma da Previdência, mas para equilibrar as contas públicas são necessárias medidas como a contenção de outras despesas, a redução do tamanho da administração pública, o corte de privilégios. Problema: o Orçamento federal é superengessado e o governo consegue dispor de apenas 10% dos gastos não financeiros. A sociedade e o mercado esperam que, além das reformas, as políticas de ação do novo governo marquem o fim de ciclo de forte intervencionismo do Estado que se manifesta desde a democratização.

Formas mais eficazes para estimular a economia são investimentos em infraestrutura (com programa ambicioso em rodovias, ferrovias, hidrovias e geração de energia elétrica) e estímulos às exportações. Aqui, mais uma vez, haverá contribuição da agricultura e do agronegócio, com capacidade já demonstrada de oferecer superavit de US$ 100 bilhões/ano mediante a exportação de grãos, carnes, frutas, lácteos etc.

O Brasil tem pressa. É preciso acelerar as mudanças para recuperar o tempo perdido nesses quatro anos de crise. A agricultura fará mais uma vez a sua parte. Da futura administração se espera responsabilidade fiscal, reformas profundas, adoção de princípios de meritocracia, com mais mercado e menos intervenção estatal.

José Zeferino Pedrozo é presidente da Faesc (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina) e do Senar-SC (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Santa Catarina).

Palavra do leitor

Escândalo
A reportagem sobre a prisão da vereadora de Santo André Elian Santana (Política, dia 27) só vem confirmar que não há político a quem possamos confiar, em nenhum dos níveis, tanto municipais e estaduais quanto federal. Já estamos cansados de ver a cada dia um escândalo novo pipocar, em todos os níveis de poder, sem que o anterior tenha sido solucionado e o dinheiro, devolvido. Não se conformam com altos salários e diversas outras mordomias e têm sempre de partir para o lado da desonestidade. Como pode um ser humano pensar só em si em detrimento a outro igual? O que essa moça achava? Que nunca seria descoberta? Só ela é esperta? E ainda há quem brigue com a própria família por causa de política e políticos. Até quando isso?
Carla Domenique
Ribeirão Pires

Parabéns à Ossa
Gostaria de parabenizar a Ossa (Orquestra Sinfônica de Santo André) pela comemoração de seus 30 anos e também pela ótima temporada deste ano! É sempre uma satisfação assistir a uma das poucas orquestras que sobreviveram no Estado de São Paulo e saber que ali é casa de músicos tão competentes!
Marcelo Henrique Christo
Santo André

Bar e boate
Estabelecimento localizado na Rua Prudente de Moraes, 92, no Jardim Promissão, em Diadema, vem causando transtornos diversos nos últimos cinco meses. O local funciona como boate e bar e, durante o dia, lava rápido. O mesmo não possui isolamento acústico algum, pois o terreno é aberto, e situa-se entre residências. Dessa forma o barulho dos shows e de toda a algazarra gerada é muito acima da normalidade, conforme a Lei 2.135/02. A boate-bar funciona além da 0h, vendendo normalmente bebidas alcoólicas, desrespeitando a Lei Municipal 2.107. Atividade no local é de segunda a segunda, porém, de quarta-feira em diante os atos aumentam e, aos fins de semana, a situação sempre se agrava, pois automóveis com equipamentos de som entram no lugar, utilizando-se dos mesmos para organizarem pancadões, que começam a partir das 15h. A situação dessa localidade é totalmente confusa. Contamos com a atenção da fiscalização municipal para a adequação do estabelecimento.
Roberto Salustiano
Diadema

Ser humano
Vivemos época em que o ser humano deveria ser mais humilde uns com os outros. Natal é tempo disso, de mostrarmos não só o valor de presentes, mas de sermos humildes com os semelhantes. Conheço uma pessoa já há mais de 50 anos. Quando a conheci, era humilde, mas o ‘sucesso’ lhe subiu à cabeça e ela deixou de ser ‘humana’. Vamos festejar o Natal sendo mais humanos uns com os outros. Não seria mais lindo viver esse período do ano desta maneira? Humildade aos corações.
Fernando Zucatelli
São Caetano

Fascista
Fascista, segundo o dicionário Aurélio: ‘que pertence ao fascismo, regime político semelhante ao de Benito Mussolini, Itália, em 1922. Que se pauta no despotismo, na violência, na censura, sendo definido como antidemocrático e ditatorial. Pois bem, será que o presidente eleito é tudo isso mesmo (Atitudes, dia 30). E será que quase 58 milhões de pessoas foram enganadas por esse ‘fascista’? Então, estamos em mato sem cachorro. ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’.
Breno Reginaldo Silva
Santo André 




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